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Neymar está na relação da Fifa para a eleição do melhor jogador do mundo na temporada.

Para um festival exclusivo de jogadores que atuam na Europa, a presença do craque do Santos significa o triunfo do bom senso, afinal não é porque atua em uma equipe brasileira que ele deveria continuar sendo ignorado pelos organizadores do concurso.

Historicamente o futebol brasileiro sempre foi rico em talentos, começando por Leônidas da Silva e a sua arrebatadora bicicleta na Copa do Mundo de 1938, na França, passando pelo genial Zizinho, tragicamente marcado pela derrota para os uruguaios na final de 1950, até os extraordinários Didi, Gar­­rincha e Pelé na conquista do bicampeonato mundial.

Na campanha do tri a corte do rei Pelé foi enriquecida com Gerson, Tostão, Rivellino e outros, ampliando-se com Zico, Romário, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Dos últimos, o fenômeno Ronaldo foi o maior destaque, não só pelos gols, mas pelo estilo de jogo e o encantamento que proporcionou ao público.

Romário também impressionou pela arte de senhor da grande área e deixou o nome gravado na galeria dos superastros do futebol mundial.

Ronaldinho Gaúcho poderia ter ido mais longe, mas fracassou, tanto na final do Mundial Interclubes – quando o Barcelona foi surpreendido pelo Internacional – quanto na tentativa do seu segundo título pela seleção no desastre brasileiro em 2006.

Ele tem se esforçado para defender o Flamengo e acabou ganhando nova oportunidade na desajeitada seleção de Mano Menezes, mas, lamentavelmente, não é mais o mesmo virtuose.

Perdeu a forma física exuberante e a consistência técnica que o diferenciava dos demais atacantes.

Foi mais ou menos o que aconteceu com Robinho, que pintou como ouro puro, mas perdeu o brilho. Hoje em dia não passa de um jogador comum, de primeira linha, porém comum, como foram tantos outros bons jogadores através dos tempos.

Neymar é a maior revelação do futebol brasileiro depois da última geração consagrada pela conquista do pentacampeonato mundial.

Atacante de rara habilidade, inventivo, driblador, com sentido coletivo, veloz e preciso nas finalizações, tem jogado com responsabilidade, mesmo com a sua equipe fora da luta pelo título máximo. E, mais do que isso, tem jogado sob pressão diante do assédio de grandes clubes europeus, com destaque ao Real Madrid e ao Barcelona que disputam a tapa o direito de preferência.

Neymar teve a capacidade de não mostrar comportamento mercenário nem reação de ingratidão e não pode ser encarado como um salvador da pátria, como o homem responsável pela sobrevivência da seleção brasileira na primeira fila.

Neymar é um craque de muito futuro e a consagração virá com a conquista de títulos importantes.

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