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A sensação que ficou foi de que o Atlético não participou da fase semifinal da Copa Sul-Americana. Ele despediu-se naquela goleada sobre o Nacional, pois deixou de mostrar qualquer coisa que se assemelhasse a uma equipe de competição contra o Pachuca.

Foi eliminado pela soma de todos os erros. Erros que começaram no primeiro jogo, com aquele atuação patética na Arena, e que prosseguiram, hoje de madrugada, com uma apresentação tímida para sobrepor-se a bem armada equipe mexicana que teve todos os méritos para merecer a vitória e a classificação.

O ponto mais negativo do Atlético foi o péssimo comportamento da meia-cancha, com Erandir e Cristian errando todos os passes e, conseqüentemente, anulando a hipótese ofensiva do time. Inexoravelmente goleado, o Furacão deu adeus a mais uma competição neste ano terrível.

Miranda aprovado

Ao assumir o comando do Paraná, o professor José Carlos de Miranda enfrentou inúmeros desafios e saiu-se bem ao fim e ao cabo de dois mandatos. Corajoso, confiando em sua capacidade e na colaboração daqueles que sempre estiveram ao seu lado, iniciou o trabalho com humildade, dando cada passo com cuidado e sempre procurando o melhor para o clube.

Resolveu a maioria das questões judiciais com rara habilidade, equilibrou as finanças, formou um time competitivo, sagrou-se campeão paranaense depois de oito anos e, em vez de lutar contra o rebaixamento, disputa, diretamente, uma vaga na Taça Libertadores da América.

No embalo do título estadual foi mantida a base da equipe que brilha no principal campeonato do país.

Tudo isso e mais a reabertura do estádio Durival Britto e Silva, um antigo sonho da torcida tricolor, foi realizado em sua gestão.

Diante do sucesso começaram a rufar os tambores de Vila Capanema pedindo a mudança dos estatutos para que Miranda possa ser reeleito mais uma vez.

Ele representa o estereótipo mais autêntico daquele tipo de dirigente esportivo clássico: íntegro, trabalhador, sério, competente e que só visa o bem do clube.

Coisa rara hoje em dia no futebol brasileiro, cujos principais personagens são xingados pelos torcedores, ora pelo comportamento dúbio, ora pela incompetência. Ou simplesmente pelo apego aos cargos, sofrendo o inevitável desgaste provocado pelo longo tempo de permanência mandando nos negócios dos clubes.

Representante de uma classe em extinção, a do dirigente esportivo idealista, despido de vaidades pessoais e voltado, única e exclusivamente, ao trabalho dedicado no clube, José Carlos de Miranda faz por merecer a confiança dos paranistas que se sentem felizes com a sua administração e desejosos de lhe oferecer um terceiro mandato.

Será o Roosevelt de Vila Capanema.

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