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O forte calor em Foz do Iguaçu castigou as equipes que realizaram um primeiro tempo chocho, no qual o Coritiba circulou mais a bola, porém sem força no ataque e o Foz jogou na base do contragolpe.

Na etapa final, o Coritiba voltou mais disposto e a entrada de Hugo foi decisiva para a obtenção da vitória. Primeiro porque, com Marcos Aurélio de avante, o Coxa não sairia do lugar; segundo, porque Hugo é do ramo e soube finalizar com categoria na jogada do gol da vitória.

No erro do técnico Ivo Wortmann veio a sorte do Coritiba: ele substituiu o ala direito Márcio Gabriel, tecnicamente o melhor jogador em campo, que vinha criando boas alternativas enquanto o lado esquerdo produzia pouco. Carlinhos Paraíba entrou no lugar de Márcio Gabriel e pouco acrescentou, alinhando-se com Marlos como figuras decorativas da equipe. Mas o gol de Hugo apagou tudo. Um gigante em campo foi, novamente, o volante Douglas Silva e os zagueiros interiores do Coritiba estiveram em bom nível. A difícil vitória fez justiça ao esforço coletivo.

Grande jogo

Paraná e Londrina realizaram a melhor partida da rodada, que só foi atrapalhada pela má atuação dos dois bandeirinhas. Na interpretação da lei do impedimento e, sobretudo, no gol de Agenor não confirmado pelo auxiliar. Tecnicamente, as duas equipes comportaram-se muito bem criando inúmeras oportunidades de gol. Lenílson desperdiçou uma penalidade, mas Murilo abriu a contagem depois de bela jogada da revelação Elvis.

Ricardo empatou para o Londrina, assinalando o gol mais bonito do campeonato: livrou-se de três adversários e cobriu o goleiro com categoria. Borges, de cabeça, virou a contagem no triunfo londrinense.

Liderança farisaica

O Atlético está correndo o risco de repetir o ano passado, quando liderou de ponta a ponta e entregou o ouro nas partidas decisivas. Agora, ainda tem a vantagem do regulamento, que não prevê partidas decisivas extras e sim benefício ao clube que pontuar mais nos dois turnos. Entretanto, pelo futebol sofrível que vem apresentando, a liderança atleticana parece um tanto farisaica, já que não representa acentuada superioridade do time de Geninho, mas fragilidade dos adversários.

Como ocorreu no campeonato passado, alguns concorrentes podem acertar nas contratações de reforços, melhorar e tirar o título do Atlético outra vez. O técnico Geninho tem feito experiências e justifica as más exibições de várias formas, sempre com conotações estratégicas. Ético, ele não menciona a limitação técnica de alguns jogadores ou o baixo rendimento dos veteranos.

Sábado, o Atlético só conseguiu vencer nos últimos 5 minutos, porque o Cascavel cansou e as individualidades ajudaram a salvá-lo do vexame de empatar com o lanterna do campeonato.

carneiro@gazetadopovo.com.br

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