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Enquanto a maioria dos governantes passa o tempo tratando das suas reeleições, como se estivéssemos no melhor país do mundo, tem muita coisa errada acontecendo por aí. E olhem que vamos tratar apenas de temas relacionados ao futebol, nada além disso. Comecemos pelo protesto de alguns torcedores do Atlético durante o clássico de domingo pedindo à diretoria que reveja a sua absurda decisão de disputar o campeonato com um time tecnicamente medíocre e sem nenhuma chance de lutar pelo título.

Além do flagrante desrespeito ao torcedor, às tradições do clube e aos compromissos assumidos com seus patrocinadores, os atuais dirigentes atleticanos denunciam o temor de perder mais um título para o Coritiba que, mesmo jogando mal, segue como favorito na disputa. Vamos em frente nesse verdadeiro coquetel de absurdos que se abate sobre o futebol brasileiro: a prefeitura de Porto Alegre não concedeu a certidão de "Habite-se" para a Arena do Grêmio e o time terá de voltar a jogar no Olímpico até que a situação seja regularizada. Esse é o documento que atestará que o imóvel foi construído seguindo-se as exigências estabelecidas – o que impossibilita a utilização do estádio até a sua emissão.

Reunidos na sede da CBF, 19 clubes que disputam a Primeira Divisão do Brasileiro [a Portuguesa não mandou representante] decidiram que não se realizem mais clássicos regionais na última rodada. Sinal de que a imoralidade pode voltar e os arranjos serão ressuscitados para abalar ainda mais a desgastada imagem do futebol nacional.

Basta recordar que nas rodadas finais dos campeonatos de 2009 – vencido pelo Flamengo – o Corinthians e o Grêmio jogaram com times reservas; no de 2010 – vencido pelo Fluminense – Palmeiras e São Paulo jogaram com times suplentes e, na partida final, mesmo rebaixado, o Guarani apresentou-se no Engenhão com uma escalação recheada de jogadores reservas. Essa gente não toma jeito mesmo. Alô, alô Renan Calheiros!

Finalmente duas notícias de ontem: um marginal de 17 anos apresentou-se à Delegacia do Adolescente em Curitiba, confessando seu envolvimento na morte do médico Paulo Carboni Júnior e um torcedor de 17 anos foi liberado após prestar depoimento na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos.

O torcedor confessou ser o autor do disparo do sinalizador que matou um jovem boliviano que assistia ao jogo do San José com o Corinthians, pela Libertadores, em Oruro. Além de confessar o crime, isentou os que se encontram presos na Bolívia de qualquer tipo de responsabilidade. Simples assim.

Já passou da hora de o Brasil rever a maioridade penal – 18 anos pela lei vigente – que é a idade a partir da qual o indivíduo pode ser penalmente responsabilizado pelos seus atos. Na maioria dos países europeus ela baixou entre 12 e 16 anos. Estamos esperando o quê?

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