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Os três principais clubes do futebol paranaense estão vivendo tempo de processo eleitoral. Como time que fez sucesso técnico na temporada e com projeto definido para o seu patrimônio, o Coritiba é aquele que apresenta maior tranquilidade na sucessão presidencial.

É o único que tem unanimidade, graças à figura de Vilson Ribeiro de Andrade. Um achado dentro do grande conselho em meio à grave crise que tomou conta do centenário do clube após os dramáticos acontecimentos do fatídico jogo com o Fluminense.

Vilson superou a natural vaidade dos homens, administrou egos poderosos na diretoria e apresentou uma política ao mesmo tempo realista e competente para a recuperação do clube. Primeiro, na reorganização financeira; depois, no relacionamento adulto com as torcidas organizadas e, principalmente com os sócios, que representam o verdadeiro potencial da instituição. Tornou também eficiente a gestão do futebol.

Acertou na opção do parceiro na formação do elenco (L.A. Sports) e na escolha dos assistentes, com destaque ao coordenador Felipe Ximenes e ao técnico Marcelo Oliveira, que tiveram autonomia e sintonia fina com a cúpula diretiva.

Nada mais natural que o experiente administrador, oriundo do sistema bancário, que se saiu bem no intricado mundo da bola, seja aclamado na eleição coxa-branca.

O Atlético sofre profundo desgaste por ter uma gestão amadora no seu departamento de futebol. Na realidade o Atlético decolou como a maior novidade na virada do século, com potencial para se tornar um dos grandes do futebol brasileiro, mas pifou na cabeceira da pista, vítima de vaidades insuperáveis e uma estrutura personalista que não é nem empresarial nem profissional.

O agravamento da crise veio com a disputa pelo poder no comando das obras de conclusão da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. Como pano de fundo, a ciclópica inaptidão dos responsáveis pela formação do elenco rubro-negro, com inigualável rotatividade de técnicos, preparadores físicos e jogadores, contratados e dispensados aos magotes.

Desrespeitou-se o sentimento do fiel torcedor, machucado pelo acúmulo de fracassos da equipe, que não consegue, entre outras coisas, vencer o clássico Atletiba há três anos e luta, permanentemente, contra o rebaixamento nacional.

Mais do que uma eleição, o Furacão anda precisando de uma nova revolução de filosofia, de métodos e de conceitos gerenciais.

A eleição do Paraná será hoje, com dois candidatos, mas o seu real problema é a falta da renovação de inteligência, fenômeno que esvaziou o clube nos últimos anos com o afastamento daqueles que forjaram o poderoso Pinheiros e carregaram o problemático Colorado nas costas.

O novo presidente necessita descobrir o verdadeiro caminho da salvação para o Paraná, que desmoronou como time e viu diminuir o espaço que ocupava como clube de lazer.

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