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Ficou difícil continuar alheio à eleição na Federação Paranaense de Futebol. Nem tanto pela fragilidade administrativa do atual presidente, mas pelo barulho que políticos e dirigentes dos grandes clubes provocam na oposição.Antes de entrar na matéria propriamente dita, passo-lhes dois pensamentos que tem a ver com o caso: do escritor português Eça de Queiroz – “Os políticos e as fraldas devem ser mudados pela mesma razão”; do estadista alemão Otto Von Biscmarck – “Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada”.

Como crítico contumaz das últimas gestões da Federação – Onaireves Moura (1985 a 2007) e Hélio Cury (2007 aos dias de hoje) –, que serviram para diminuir o tamanho do futebol paranaense, pela falta de assistência aos clubes do interior (ainda sem calendário anual) e pela imposição de os principais clubes se obrigarem a disputar o estadual sem atração e, obviamente, deficitário.

Ricardo Gomyde apresenta-se como candidato da oposição. Jovem simpático e cordial apesar de militar politicamente no anacrônico Partido Comunista do Brasil (PC do B), cujo maior prócer – Aldo Rebello – homenageou entusiasticamente o ditador da Coreia do Norte. Aquele baixinho engasgalhado que substituiu o pai que havia sucedido o avô num dos países mais atrasados do planeta.

Rebello foi ministro do Esporte com atuação medíocre e, agora, ocupa o ministério de Ciência e Tecnologia, contrariando a opinião da maioria da comunidade científica do país.

Gomyde recebeu o apoio do trio da capital e de outros clubes importantes, porém deve saber que quem decide mesmo as eleições na Federação é o voto das ligas amadoras. Aí é que começam os meus protestos contra a retrógrada legislação do futebol brasileiro.

Modernamente o futebol profissional não deveria ter nenhum vínculo com o amadorismo, como não cabe mais discutir a criação de torneios regionais – tipo a volta da Copa Sul-Minas –, quando urge a definição de um calendário verdadeiramente inteligente. Ou, por outra, torneios estaduais ou regionais deveriam se destinar apenas aos clubes que não disputam a série A nacional ou que se classificam para as competições internacionais.

É perda de tempo continuar enchendo linguiça nos primeiros meses do ano com esse tipo de atração. O recomendável seriam dois meses de pré-temporada para todos os grandes – janeiro e fevereiro – e o início do Brasileiro em março sem rodadas nas semanas em que a seleção principal aproveita a data Fifa para jogos amistosos.

Mas como o futebol virou programa de tevê e a grade precisa ser preenchida, nada mais lógico do que deixar os estaduais para os clubes fora da vitrine principal e antecipar o Brasileiro, que é disputado concomitantemente com a Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana.

Simples assim.

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