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Paraná e Atlético decidiram diversas vezes o título do campeonato, apresentaram partidas bem disputadas e até mesmo goleadas históricas, mas o clássico desta tarde levará tensão à Vila Capanema.

Tudo porque os dois times não desenvolvem campanhas satisfatórias e os torcedores andam exaustos com tantos sobressaltos.

Lutando contra o rebaixamento estadual, depois de criar raízes na segundona nacional, o Paraná luta, desesperadamente, para evitar maior constrangimento. E não é por falta de esforço, afinal dirigentes e profissionais têm feito tudo e mais um pouco na tentativa de retirar a equipe da incômoda posição em que se encontra.

O técnico Ricardo Pinto conseguiu recuperar a confiança dos jogadores e os primeiros pontos foram somados, mas ainda insuficientes para afastar o perigo que ronda os tricolores.

Melhorando no procedimento defensivo e contando com jogadores altamente técnicos do meio para frente o Paraná melhorou o rendimento e começou a entusiasmar a torcida. Porém, na ultima apresentação pelo campeonato – na derrota para o Paranavaí – todos ficaram decepcionados com o rendimento do time que, três dias depois, se comportou de maneira mais positiva no confronto com o Botafogo.

Liderados por Kelvin, com seu estilo melífluo, os jovens atacantes revelam disposição para acertar, mas nem sempre as coisas saem como foi programado.

Desorganizado como conjunto e dependente de Paulo Baier, o time do Atlético tem deixado a sua fiel torcida de cabelo em pé.

Da boa campanha do ú ltimo Brasileiro, quando terminou na quinta colocação, até agora o time tem mostrado falhas em todos os setores e, de forma preocupante, não se enxerga uma luz no fim do túnel.

Quanto mais o técnico Geninho modifica a escalação e os dirigentes correm atrás de reforços, menos segurança, entendimento e beleza técnica são adquiridos. O time anda uma pilha de nervos.

O Furacão transformou-se em máquina de moer gente, tamanho o volume de revelações mal aproveitadas, bons jogadores mal avaliados que brilham em outros clubes, contratações equivocadas que não resolveram o crônico drama técnico e as saídas turbulentas de jogadores que, obviamente, contribuíram para a formação da imagem negativa do futebol do clube. Nos outros setores, alheios à bola, o Atlético consegue se apresentar como modelo.

Diante desse quadro, a situação da equipe rubro-negra é delicada, pois soma falta de envergadura técnica da maioria com a insegurança de todos. Pela experiência e elevado índice de aproveitamento nos lances de bola parada, Paulo Baier passou a ser a única referência confiável do time que se destaca pela irregularidade e falta de confiança.

Pelas circunstâncias, todos caminham no fio da navalha e só mesmo uma sequência de bons resultados conseguirá despressurizar o ambiente na Arena da Baixada.

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