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O fato de o Atlético estar jogando no Estádio Durival Britto, onde mandou os seus jogos em 1968 na primeira experiência em campeonato nacional, aguça as pautas das redações e mexe com o saudosismo daqueles que viram as peripécias do time rubro-negro. Entramos no túnel do tempo porque há exatos 45 anos a torcida atleticana registrou o recorde de público na Vila Capanema – 24 mil pessoas –, até hoje insuperável.

A motivação girava em torno do grande time formado pelo presidente Jofre Cabral e pela presença em nossa capital daquele que foi aclamado como o melhor time do mundo na década de 60: o Santos de Pelé. Só que uma gripe tirou o Rei do jogo, mas o ataque contou com o poder de fogo do jovem Edu, do goleador Toninho Guerreiro e do veterano homem-bomba Pepe.

Foi uma tarde inesquecível, com vitória do Furacão por 3 a 2, emoldurada pelo gol antológico de Madureira, que driblou a zaga santista e superou o goleiro Cláudio. Os driblados tornaram-se personagens míticos do futebol: Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado e Joel. O lateral Rildo tentou, sem êxito, espalmar a bola para evitar o terceiro gol.

O timão do Atlético formou com Célio; Djalma Santos, Bellini, Charrão e Nilo; Nair e Paulista; Gildo, Zé Roberto, Madureira e Nilson. Arnaldo Cézar Coelho apitou a partida histórica.

O encontro de hoje

O Santos tenta sobreviver como equipe de competição após a perda do seu maior craque – e até o momento tem conseguido se equilibrar sem Neymar. O Atlético realiza campanha de arrebatadora recuperação desde que Vagner Mancini assumiu, acertou a defesa, corrigiu a meia-cancha com a volta de Paulo Baier como titular e conta com um ataque arrasador: Marcelo, Dellatorre e Éderson.

O encontro de hoje promete ser dos melhores, pois são duas equipes que praticam futebol ofensivo e procuram uma vaga na Libertadores e mesmo o título da temporada, diante do equilíbrio de forças que se observa entre os primeiros colocados.

Expectativa

As lesões de alguns e o baixo rendimento de outros determinaram a queda técnica do Coritiba. De líder invicto, o Coxa passou a ser visto como uma incógnita. A meu ver, entretanto, o time reúne capacidade de recuperação desde que volte a contar com os melhores jogadores em forma, inclusive Keirrison, que retornou bem frente ao Cruzeiro e, desgraçadamente, voltou a se machucar. Sem Deivid, apenas Keirrison, mesmo atuando poucos minutos, mostrou padrão técnico para o comando do ataque à altura da expectativa do torcedor.

O Botafogo vem perdendo o gás e a saída do atacante Vitinho esvaziou ainda mais a sua capacidade ofensiva, porém consegue manter unidade coletiva acima da média e conta com Seedorf como fonte de inspiração.

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