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As manifestações de protesto que tomaram conta das ruas das principais capitais assinalaram a abertura da Copa das Confederações.

Tratam-se de movimentos populares que se organizam rapidamente e conseguem mobilizar descontentes de todos os tipos pelas redes sociais, indicando que as autoridades precisam entender o que está acontecendo no país.

O mote pode ser o reajuste da tarifa do transporte coletivo como também pode ser a contrariedade com o impressionante índice de criminalidade que tornou praticamente todas as cidades inseguras, a corrupção, e contra os gastos das obras para a Copa do Mundo.

Que o Estádio Mané Garrincha se transformará em elefante branco, ninguém tem dúvida. Somando-se a isso, o confuso quadro político, a volta da inflação e outros itens que ultrapassam as fronteiras ideológicas e partidárias que ainda não foram bem compreendidas pelas autoridades.

A presidente da República foi vaiada e o presidente da Fifa foi presunçoso ao pretender enquadrar o público presente ao estádio, afinal a entidade que controla o futebol ultimamente não tem sido exatamente um exemplo de apanágio da moralidade.

Os aplausos ficaram para os jogadores, que cumpriram a missão goleando o Japão na partida de estreia.

Virtudes & defeitos

A seleção de Felipão mostrou virtudes e defeitos. Mais virtudes, o que não deixa de ser reconfortante para a entusiasmada torcida brasileira, que conta com retumbantes vitórias nas Copas dentro do país.

Constrangedor foi acompanhar os ex-jogadores que se transformaram em comentaristas da principal rede de televisão – Casagrande, Ronaldo e Caio Ribeiro –, que falam apenas o óbvio. Longe de se exigir grau elevado de intelectualidade ou conhecimento geral de quem tem a responsabilidade de promover análise para milhões de pessoas, mas, pelo menos, um pouco de independência e criatividade na observação mais aguda dos problemas táticos e técnicos da equipe nacional.

Nós, analistas, e a partir do instante que empunham o microfone os ex-craques se tornam analistas, não podemos entrar no espírito de oba-oba e de nacionalismo que caracterizam as narrações do rádio e da televisão na transmissão de jogos da seleção.

Daniel Alves vinha jogando mal no Barcelona e continua abaixo de suas possibilidades, errando passes e marcando muito de longe; David Luiz está distante de representar a segurança e o equilíbrio imprescindíveis para o setor defensivo. Apesar de sua singeleza técnica, por pouco o Japão não se aproveitou das falhas da retaguarda para marcar gols.

Tiago Silva e Marcelo jogaram bem e do meio para frente a seleção mostrou serviço de primeira, indicando que, com mais entrosamento, poderá alcançar melhores resultados, decidir o título e recuperar o prestígio no ranking da Fifa.

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