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Depois de um 2012 bastante movimentado no mundo dos esportes, com os espetaculares Jogos Olímpicos de Londres, cujas cerimônias de abertura e encerramento aproximaram-se da perfeição, além dos feitos de Usain Bolt e Michael Phelps; o título mundial do Corinthians e os 91 gols marcados pelo extraordinário Lionel Messi, iniciamos 2013 com grandes expectativas.

Talvez nem tanto para o futebol brasileiro que, se não fosse a conquista corintiana – graças às incríveis defesas do goleiro Cássio na final com o Chelsea –, terminaria o ano no vermelho com a seleção no vexatório 18º lugar no ranking da Fifa e o retrocesso representado pela volta de Felipão.

Vários tons de cinza em 2013 podem atrapalhar os sonhos do torcedor brasileiro, tanto que já nos decepcionamos com o modesto 13.º lugar de Neymar na premiação da Bola de Ouro, atrás de Xabi Alonso (Real), Yayá Touré (City) e outros sabidamente inferiores ao craque santista.

Acontece que o mundo não assiste aos campeonatos brasileiros e quem não é visto não é lembrado. A dura realidade é que Neymar só conseguirá destaque quando for jogar na Europa.

Messi é uma jóia rara que ganhou com inteira justiça a Bola de Ouro pela quarta vez, superando craques como Ronaldo, Romário, Zidane, Platini, Cruyff e outros. Além da técnica refinada, com a bola colada aos pés, atuações maravilhosas sem qualquer espalhafato ou exibicionismo, tem objetividade e a incrível capacidade de marcar gols, chegando aos 91 no ano passado.

Voltemos aos tons de cinza do futebol brasileiro. Enquanto o Corinthians bate recordes de faturamento com a crescente valorização da marca e investe milhões na contratação de reforços, como Alexandre Pato, que não conseguiu se projetar no Milan pelas sucessivas lesões musculares, o Atlético despreza a mídia, isola o time e ignora a exposição da imagem na divulgação de seus patrocinadores.

Ou seja, o Furacão trilha o caminho inverso da mídia espontânea, a mais desejada ferramenta de propaganda no mundo moderno.

Claro que o clube tem o direito de defender seus interesses ao reivindicar maiores verbas, mas não deveria punir o torcedor inibindo o acesso da imprensa, limitando o noticiário e escondendo os atletas que carregam os patrocinadores que investem na sua marca. Tom cinza pesado. Mais ameno é o ambiente no Coritiba, que cumpre uma pré-temporada bem feita, contratou reforços interessantes e promete temporada de bons resultados. Tom cinza claro. Quanto aos demais times paranaenses, apenas esperanças renovadas com uma paleta de investimentos menor, porém monocromática.

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