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A principal busca no futebol, como todos sabem, é o gol e, ultimamente, começaram a rarear os homens-gols brasileiros. Se no passado surgiam atacantes às pencas, hoje em dia eles mal surgem e acabam sendo levados para o exterior, sem jamais terem vestido a camisa titular de um clube nacional.

Tivemos safras maravilhosas de avantes, com destaque a última na qual brilharam Romário, Ronaldo e Adriano, aparecendo em seguida Ricardo Oliveira, Luís Fabiano, Fred, Vágner Love e Nilmar. Os artilheiros mais jovens, porém, não conseguem alcançar as marcas dos goleadores de décadas passadas.

O atleticano Washington foi exceção, com o recorde de gols assinalados no Brasileiro de 2004. Mas os gols não saem mais em profusão como acontecia nos tempos em que os times se armavam no sistema 4-2-4, com os ponteiros buscando a linha de fundo para os cruzamentos que encontravam ponta de lança e centroavante praticamente juntos para as conclusões.

Em 50 anos da história recente no futebol brasileiro, as grandes marcas continuam sendo do extraordinário Pelé, artilheiro ininterrupto do Paulista de 1957 a 1965. Foram nove anos de liderança do rei do futebol como o principal goleador do mais difícil campeonato estadual do país. Pelé atingiu números inacreditáveis, como os 58 gols marcados em 1958, os 47 em 1961 e os 49 em 1965.

Por aqui, tivemos artilheiros incríveis nos últimos 50 anos, tais como Zeca, Miguel e depois Sílvio, do Operário de Ponta Grossa; Odair, do Rio Branco de Paranaguá; Edgar e mais tarde Itamar, do Grêmio Maringá; Taíco, Walter, Zé Roberto, Sicupira, Washington (do casal 20), Kita, Renaldo, Oséas, Paulo Rink, Tuta, Lucas, Alex Mineiro e Kleber do Atlético; Duílio, Kruger, Kosilek, Zé Roberto, Tião Abatiá, Eli, Luiz Freire, Freitas, Índio, Tostão, Chicão, Brandão, Magrão e Marcel do Coritiba; Fernando Augusto, Sicupira, Paulo Vecchio e Nilzo do Ferroviário; Volnei, Edu, Marinho e Tião Marçal do Colorado; Saulo, Maurílio, Claudinho e Ilan do Paraná; e Alcântara, do Sport de Campo Mourão.

Promessas existem, tanto no cenário local quanto no nacional. Mas está ficando cada vez mais difícil o surgimento de um artilheiro, ou matador como se diz modernamente.

Os principais candidatos são dois jovens: Keirrison, do Coritiba, e Pedro Oldoni, do Atlético.

São duas promessas que só não se tornaram realidade na temporada passada por circunstâncias. Enquanto Keirrison lesionou-se e ficou o ano inteiro parado, Pedro Oldoni tornou-se vítima de problemas de relacionamento entre o seu empresário e a diretoria do clube. Somente nas últimas partidas ele voltou a jogar e, invariavelmente, marcando gols. Eles representam duas esperanças reais neste Paranaense que se aproxima.

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