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Após dois anos no purgatório da Segunda Divisão, o Coritiba prepara a festa de retorno à primeira fila do futebol brasileiro.

Nada mais justo que a torcida esmere na comemoração, afinal, ela foi a peça mais importante na engrenagem que está remetendo o Coxa de volta à Primeira Divisão.

Um clube quase centenário, dono do quinto maior estádio particular do país, campeão de títulos estaduais e detentor de um título de campeão brasileiro, conquistou enorme e vibrante torcida que, em momento algum, conformou-se com a queda.

Num primeiro momento houve a revolta natural, tendo como alvo o presidente do clube e os demais que participaram da frustrante desclassificação. Na primeira tentativa, o fracasso e, conseqüentemente, o aumento dos protestos e da indignação coletiva.

Neste ano, porém, as coisas foram mudando e o ambiente melhorou no Alto da Glória. Começou pela escolha de pessoas mais experientes na gestão do futebol profissional com a chegada do dirigente João Carlos Vialle, que lidera o processo.

Vieram melhores jogadores, como o goleiro Édson Bastos; o lateral Ânderson Lima; alguns zagueiros que se mostraram à altura de jogar ao lado de Henrique, uma das melhores revelações do time; o tarimbado Veiga e o oportunista Gustavo. Para quem já contava com Marlos, Pedro Ken e Keirrison não foi difícil melhorar o rendimento com a presença do técnico René Simões.

O técnico teve dois papéis fundamentais: primeiro, acertar a cabeça do elenco; segundo, ajustar o esquema de jogo conforme as possibilidades dos jogadores e as necessidades impostas pelo campeonato.

René Simões saiu-se bem no desenvolvimento das duas tarefas, com destaque à parte psicológica que devolveu ao grupo a confiança perdida. O resto ficou por conta do esforço de cada um e o extraordinário aproveitamento nas partidas disputadas em casa.

Aí entrou a entusiasmada torcida coxa-branca que, ao perceber a mudança de cenário, trocou a vaia pelo aplauso e não parou mais de ajudar o time até a volta triunfal programada para a tarde de hoje. Que assim seja.

Pontes caídas

A situação do Paraná fez-me lembrar de um filme de guerra que recebeu o título de "Uma ponte longe demais". Tratava-se de episódio real da Segunda Guerra Mundial no qual as forças aliadas precisavam tomar uma ponte estratégica do rio Reno para invadir a Alemanha. Foi uma luta daquelas e, depois da ponte destruída, não houve caminho de volta até a vitória final.

Pois bem: as pontes que separam o Paraná do desastre já foram derrubadas e não existe outra alternativa ao time que precisa ganhar os quatro jogos que restam para evitar o rebaixamento.

O Goiás é um concorrente direto na desesperada luta contra a degola e, por jogar na Vila Capanema, o Paraná não pode deixar de vencer.

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