Na volta, GP do Canadá mostra à F1 como é uma corrida de verdade

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Depois de dois anos fora da Fórmula 1, o GP do Canadá voltou mostrando que, com pistas de verdade, se realizam corridas eletrizantes. Não é por acaso que os melhores traçados pertencem aos circuitos antigos. Mostrou mais: que a Fórmula 1 deve estar onde existe público! Foi a quantidade de gente que praticamente lotou o circuito que provou isso para a FIA. Diferente dos GPs da China, Turquia e Cia. A F1 deve ir onde gostam de corridas. Não é mesmo?

Voltando ao GP canadense, vimos 70 voltas eletrizantes e fica difícil citar aqui todos os momentos que passaram. Eu escolhi três pilotos para citar o que aconteceu ao redor de cada um: Hamilton, Alonso e Massa.

O inglês Lewis largou com pneus moles e, em princípio, pareceu uma tática errada, por causa do desgaste excessivo. De qualquer maneira, o inglês soube andar rápido quando precisou (durante os dois primeiros "sets" de pneus). No terceiro, soube poupar de uma maneira genial e não permitiu aproximação perigosa de Button ou Alonso.

Escolhi Alonso por causa da corrida agressiva que fez. Atacou o tempo todo, andando na frente de Hamilton depois de um pit stop fantástico da Ferrari. Soube controlar as McLarens, mas não teve equipamento para chegar na frente da equipe inglesa.

Felipe Massa... Que faze ruim vive o brasileiro. Levou um "chega para lá" de Liuzzi na largada e caiu para último. Fez uma corrida fantástica e lutava para pontuar. A briga com Schumacher valia um ponto, mas na tentativa de passar, Felipe acabou quebrando a asa dianteira. A manobra defensiva de Michael é questionável e desnecessária. Estragou a corrida do brasileiro que merecia esse ponto de consolo. Até o momento que escrevi essa coluna, ainda não tinha saído o resultado da investigação sobre o incidente. Se puniram o alemão, ok, mas porque só depois da corrida? Se não puniram, a F1 virou "uma terra de ninguém".

Poderia citar outros momentos, como a corrida de Button, Kubica, Buemi, Rosberg e Vettel. Deixo para vocês pensarem sobre eles.

Algo que é necessário citar: o desgaste excessivo dos pneus. Sem dúvida movimentou mais a corrida, permitiu briga entre os pilotos e também estratégias diferentes. Quem sabe a FIA pense em "encomendar" pneus com este propósito para 2011. Sem dúvida apimentaria as corridas. Tecnologia para desenvolver um pneu seguro que ofereça estas condições existe. Só falta boa vontade de fazer, da mesma maneira que existiu em trazer de volta o GP do Canadá.