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Os torcedores do Paraná que, no sábado, foram ao estádio Durival Brit­­to para comemorar mais uma vitória, depois da ex­­celente apresentação na quarta-feira contra o Cerâmica, tiveram de se contentar com o empate, pois o adversário do Tricolor, a equipe do Cascavel, surpreendeu ao apresentar-se muito bem técnica e taticamente.

O treinador do time visitante, Elói Kruger, fechou as laterais. Com essa postura, o time paranista, do comandante Marcelo Oliveira, passou a fazer tudo aquilo que favorece a equipe visitante: lançamento ao ataque à base da ligação direta, ou seja, sem trabalhar a bola no meio de campo.

Ora, tomada essa iniciativa, como cobrar rendimento dos atacantes Marcelo Toscano e do Márcio Diogo?

Na mão oposta, o meio de cam­­po do time interiorano, sob a batuta do capitão Sidiclei, a firmeza do zagueiro Rodrigo, a marcação e o apoio do lateral-es­­querdo Gílson, do goleador Iri­­neu e do veloz e habilidoso atacante Mineiro, o time cascavelense (mesmo saindo atrás no placar) sempre foi mais equilibrado em todos os setores do gramado. Inclusive, quando ficou com menos um devido à expulsão do lateral Rafael.

Quando isso aconteceu, tornou-se evidente a falta de equilíbrio emocional do time da casa que tentou pressionar, porém de maneira equivocada, pois insistiu no erro de não trabalhar pelas laterais. Nesse ínterim, o técnico Marcelo Oliveira já havia modificado o sistema tático para o 3–5–2, substituindo o meia Everton e promovendo a reestreia de André Luís.

É instrutivo assinalar que não havia ninguém próximo desse lateral para concatenar as jogadas. E Jefferson que, nas modificações, foi para lateral esquerda, não rendeu o que dele se esperava para modificar a história do jogo. Esse setor, aliás, carece de um especialista da posição, pois insistir com o zagueiro Diego Correia é dar muro em ponta de faca. E comissão técnica e diretoria sabem disso.

Enfim, pelo menos nessa partida, o Cascavel demonstrou que foi superior ao time de Vila Ca­­pa­­nema. E o sufoco paranista continua no sentido de classificar-se entre os oito melhores (terminou justamente em 8.º), correndo ainda o risco de cair para a Segun­­dona (está a três pontos do Toledo, o primeiro integrante da zona de risco). Fica arisca, rapaziada do Tricolor! É isso.

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