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Em menos de uma semana, o Paraná Clube foi ao céu e voltou ao inferno, depois da vitória convincente contra o Coritiba. A galera tricolor esperava outro resultado positivo contra o Rio Branco, que vinha de derrota em casa para o Cascavel. E olha que o time de Paranaguá marcou primeiro, porém, não teve competência para segurar sequer o empate. Injuriado, o técnico do Leão da Estradinha chamou a atenção de seus jogadores no sentido de que eles não poderiam esmorecer diante do insucesso, mesmo porque o time havia jogado bem.

Com esse diálogo, foi feita uma preparação para o desafio da semana: vencer o time tricolor em plena Vila Capanema – palco que consagrou Wágner Velloso na vitória contra o Coritiba – triunfo que trouxe a esperança de classificar-se entre os oito.

Pode até parecer pouco, entretanto, para quem estava entre os últimos foi uma proeza que deixou os torcedores paranistas empolgados. Entusiasmo que se perdeu em menos de um minuto da etapa inicial de jogo, quando Ratinho sacudiu o limoeiro e fez a torcida do Rio Branco vibrar com um golaço.

Consequentemente, esse feito trouxe intranquilidade ao Paraná Clube, que não soube sair da estratégia que Norberto, técnico do time litorâneo, armou para conter o ímpeto do ala Murilo, anulado por Digão, que não permitiu jamais que ele chegasse ao fundo do campo ou entrasse na diagonal. Além disso, Marquinhos, que atuou no meio-de-campo e foi um dos principais jogadores da partida, tirou proveito do 4-4-2 que foi anunciado por Velloso, mas que na prática estabeleceu-se no 3-5-2, pois Edimar trabalhou como zagueiro.

Com esta postura, o Rio Branco levou a melhor no meio, inclusive ganhando a maioria do rebotes, pois contava com um jogador a mais no setor. Assim, pensando em inverter o placar, Velloso tentou com Éverton no lugar de Kléber; Alex, no de Murilo, que saiu contundido, além de Peterson substituindo Bruno, que também não teve o bom desempenho de outras jornadas.

Agora o Rio Branco respira mais aliviado com Norberto Lemos que, apesar de estar há pouco tempo como treinador, deixou uma ótima impressão, principalmente no aspecto tático – que é o ponto fundamental em qualquer esquema de jogo, para se obter sucesso.

E tem mais. Quem não se lembra de como Norberto atuava pelos campos por onde passou? Ele era um atleta de pegada, jogava firme, com determinação, não permitindo que o adversário fizesse lambança em seu setor. E foi exatamente assim que o Rio Branco jogou contra o Tricolor, apresentando características muito próximas de um jeito peculiar de tratar a bola, que agora, fora das quatro linhas, aplica seus conhecimentos e exige de seus atletas a mesma firmeza e sabedoria que investia em cada jogada. Ele ainda vai dar o que falar. Bom para o Rio Branco e para o futebol de todos nós. É isso.

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