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O Paraná está novamente nas manchetes de forma constrangedora por não cumprir as obrigações trabalhistas. E o pior é que, nesse episódio, quando o bicho ficou solto, como quer Bezerra da Silva, faltou alguém que tivesse legitimidade para tratar do assunto, na hora certa.

Ora, o presidente Aquilino Ro­­ma­­ni, que prometeu deixar a casa em ordem, no último dia 30, além de não cumprir, não compareceu para justificar – fato que deixou os jogadores injuriados. Afinal, a rapaziada quer ver a leitoa com a maçã na boca. Por isso a solução encontrada foi o acerto (ou o cala boca?) individual.

Tenha a santa paciência! Para um clube que foi modelo de administração, por onde passaram treinadores como Rubens Minelli, Otacílio Gon­çalves, Vanderlei Luxemburgo, An­­tô­­nio Lopes, Sebastião Lazzaroni, Abel Braga, Valdir Espinosa e o preparador físico Luís Carlos Neves, dentre outros, não se pode admitir um despreparo dessa natureza, que desconstrói a imagem do clube, que a partir do hino que o representa, se intitula gigante.

E não me venha com o discurso que outras agremiações passam por situação semelhante. Isso não interessa ao Paraná (agora estado), que goza do privilégio de ser considerado modelo de seriedade. Além disso, cada clube resolve seus problemas como lhe parecer melhor. Aqui se costuma resolver esse tipo de questão nos limites da lei. E não pode ser diferente com o jogador, que tem seus direitos garantidos pela Consti­tuição, assim como os deveres. Onde já se viu fechar uma questão tão delicada como essa com expressões co­­mo: "Ninguém saiu de mãos abanando". A leitura que se pode fazer é que se recebeu um "cala bo­­ca", pa­­ra depois ver como fica. Lamen­tavelmente indecente.

Agora, quanto à montagem do time para 2011, Roberto Cavalo, na última entrevista, demonstrou certa preocupação, pois parece ser pensamento da diretoria trabalhar com redução dos salários – outro agravante que se distancia da legitimidade dos fatos. Ora, essa atitude pode até valer para novas contratações, mas não para aqueles que estão re­­no­­vando os contratos, a exemplo do goleiro Juninho. Este, aliás, é sondado por várias equipes.

Enfim, quer saber de uma coisa? Não há mais espaço para abnegados no futebol profissional, com atitude amadora.

Em tempo: saio em férias hoje e, por isso, quero desejar, antecipadamente, um feliz Natal seguido de um ano-novo repleto de sucesso. É isso.

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