• Carregando...

Quando o Paraná chegou à liderança da Série B já trazia na planilha um incômodo registro: o salário dos jogadores atrasado – o que é profundamente lamentável.

Ora, o atleta de futebol profissional tem os direitos trabalhistas garantidos pela lei, como tem também compromissos que devem ser honrados como qualquer trabalhador neste país. E usar do argumento que jogar futebol não é profissão é um equívoco improcedente e cruel.

Improcedente, porque se faz questão de ignorar a importância desse esporte para o Brasil, que ultrapassa fronteiras, muitas vezes valendo-se da bola como instrumento de abertura de possibilidades e garantia de sucesso.

Cruel, porque há quem insiste em ver o jogador como um pseudotrabalhador, quase uma caricatura daquele que se vale das habilidades pessoais para sobreviver.

Além disso, acredita-se ainda naquilo que se propaga gratuitamente: que o dinheiro dessa profissão vem fácil para todos os "boleiros". Ledo engano!

São poucos os jogadores, caro leitor, que conseguem formar um patrimônio para garantir uma aposentadoria que representa a fama que o caracterizou quando o gramado lhe serviu de palco.

Nesse sentido, imagine o jogador do Paraná, amargando a Segunda Divisão do futebol brasileiro, ostentando o sonho de reconduzir o clube ao grupo de elite desse esporte, sem poder contar, ao menos, com a estabilidade da família que o ampara incondicionalmente. Sem comentários.

Agora, se o clube mantém em dia as obrigações dele, e o time não consegue atingir os objetivos propostos, os cartolas têm todo direito de fazer cobranças. Mas, nessa situação, como passar um corretivo na rapaziada?

Com relação aos últimos resultados, a preocupação começou na derrota para o Icasa, por 3 a 0 – placar surpreendente, afinal o Tricolor era líder. Na sequên­cia, aconteceu o empate com o Guaratinguetá, em casa. Até aí tudo bem, pois neste jogo, aos 48 do segundo tempo, ainda perdia. E, como se não bastasse, perdeu para o Brasilense, no Distrito Federal, por 3 a 0, em uma jornada ruim.

Essa derrota para o Brasilense, aliás, além da falta de competência, retratou um time apático, perdendo (de novo) um pênalti com Marcelo Toscano. Fato complicado de se entender, pois quem fez a melhor cobrança, no jogo anterior, foi o goleiro Ju­­ninho. Por isso não seria mais confiável que ele mesmo cobrasse a infração?

Enfim, no encontro com o Náutico, os comandados do técnico Marcelo Oliveira precisam inverter o quadro, caso contrário o bicho vai pegar. É isso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]