• Carregando...

Era preciso resgatar a credibilidade perdida no ano passado. Esse desejo, ainda que implicitamente, fazia parte do esquema de trabalho de toda equipe do Coritiba, desde a diretoria, passando pela comissão técnica, apontando como objetivo maior dos jogadores, atingindo de cheio o coração do torcedor coxa-branca. E, quando a vontade é tão única, não tem jeito, dificilmente as coisas não se concretizam.

O empate no Atletiba de on­­tem só interessava ao Coritiba, pois, teoricamente, ele vencerá o Cascavel na última rodada, o que também o deixaria com a taça.

Acontece, porém, que o treinador coxa-branca, Ney Franco, acreditando no potencial de seus comandados, e com o apoio incondicional dos torcedores, não abriu mão do jogo ofensivo, querendo resolver logo de vez essa parada. E foi muito feliz nessa decisão de partir para o tudo ou o nada, arcando com a responsabilidade que lhe cabia.

Na mão oposta, o técnico Leandro Niehues, do Furacão, escalou o time com várias modificações. Nesse sentido, contou com o volante Valencia, improvisado na ala direita, substituindo Raul, sendo que Vanegas entrou no lugar de Rhodolfo(contundido) e o meia-atacante Tartá (também improvisado) exerceu a função de segundo volante ao lado de Alan Bahia. E a maior novidade foi a presença de Alex Mineiro em substituição à Bruno Mineiro, que continua no Departamento Médico.

Essa formação de certo modo complicou o Coritiba até a metade do primeiro tempo, pois houve três oportunidades em que o goleiro Edson Bastos fez grandes defesas, além de uma bola na trave.

A partir daí, surgiu a primeira chance do Coxa, com o zagueiro Lucas Mendes cabeceando por cima do travessão. Após esse lance, o Verdão passou a ditar o ritmo da partida e Marcos Paulo e Rafinha, por duas vezes, estiveram na cara do gol, finalizando mal, com a etapa inicial terminando de maneira bastante equilibrada.

Aos cinco minutos do segundo tempo, Marcos Aurélio levou a torcida alviverde ao delírio, tirando o zero do placar. E, no minuto seguinte, o Furacão teria com Tartá a última chance, evitada mais uma vez por Edson Bastos que, diferentemente do goleiro Neto (embora tenha feito grandes defesas não foi capaz de impedir o golaço do angolano Geraldo), também demonstrou a superioridade do Coritiba. O Alviverde leva o título com uma partida de antecedência, com todos os méritos, premiando não só os jogadores mas também o trabalho e a filosofia de Ney Franco, que não mediu esforços para que a volta olímpica fosse dada pelo time do Alto da Glória. É isso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]