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O zagueiro Bruno Costa fa­­lhou no primeiro gol contra o Fluminense. Isso é fato. No intervalo, ficou no ves­­tiá­­rio, condenado pela falha que cometera.

Ora, o futebol é um esporte coletivo. Quando ele tentou resguardar a bola e a perdeu, deveria ter alguém atento marcando Washington para que o atacante não aparecesse totalmente livre para abrir o placar.

O treinador Paulo César Carpe­­giani pode até não ter dito que a culpa da derrota na fase inicial foi de Bruno. Nem precisava. Isso ficou subentendido. É de responsabilidade do torcedor atento perceber esse tipo de verdade, que não precisa ser dita para ser entendida.

Agora, perder gol também traz prejuízo ao time. Ou não traz? O jogo estava 0 a 0, aos 13 minutos, quando Bruno deixou o estreante Guer­­rón na cara do gol. O equatoriano chutou por cima do travessão. E daí? Nin­­guém comenta nada. Se esse lance tivesse acontecido com um jovem que não tem o prestígio do Guerrón, levaria, no mínimo, um corretivo.

Além de tudo, na vitória contra o Santos, Bruno fez o primeiro gol, que trouxe tranquilidade para aquela inesquecível partida. E mais: contra o Goiás, o mesmo Bruno, mais uma vez, deixou o zagueiro Manoel na cara do gol para tirar o zero do marcador e solidificar uma vitória que livrou o Furacão da zona do rebaixamento.

Isso não é regra para qualquer jogador ou para qualquer situação de jogo, mas, neste momento, serve para refletir sobre a história que esse zagueiro está tentando construir na Arena da Baixada – porque ele já demonstrou que tem competência.

Ainda em relação ao jogo, as alterações realizadas descaracterizaram o time. Prova disso foi a entrada do atacante Maikon Leite, pois, com dois zagueiros, os laterais não puderam sair em apoio ao ataque. E quando Alex Mineiro substituiu Wagner Diniz, se a equipe já estava em dificuldade, a coisa piorou. O volante Vitor, sem saber do posicionamento do companheiro, perdeu a bola, o que resultou no segundo gol dos cariocas.

Assim, o time paranaense, que ainda sofreria mais um gol, somente conseguiu melhorar quando o volante Chico ficou na zaga ao lado de Rhodolfo, com Manoel passando para a lateral direita. No de­­sespero, o Atlético chegou a fi­­car com quatro atacantes, o que de na­­da adiantou, mesmo com o gol do Bruno Mineiro, já que Paulo Baier, bem marcado pelo volante Diego e encarregado de articular as jogadas, não brilhou.

Sendo assim, as modificações, inclusive a de Bruno Costa, foram equivocadas, pois não melhoraram o rendimento da equipe. Muito pelo contrário. Só serviram para acentuar o equívoco da substituição do za­­gueiro Bruno, que não pode se deixar abater por esse fato. É isso.

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