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Com ou sem tratamento de choque, o Verdão assumiu a liderança, com 43 pontos, pois se beneficiou da vitória do Avaí contra o Criciúma em Florianópolis.

Mais uma vez, mesmo com um feriado prolongado e um clima bastante favorável ao litoral, aproximadamente 18 mil torcedores acreditaram e assistiram à difícil vitória do Coritiba contra o Remo – time paraense que luta para não cair, mas apresentou um bom futebol.

Para conquistar essa vitória, o técnico René Simões mudou o esquema tático do jogo anterior, saindo do 3–5–2 para o 4–4–2 que, na movimentação, por diversas vezes, esteve no 4–3–3 com Hugo e Keirrison mais à frente e com a chegada de Pedro Ken. Este, em várias oportunidades, revezou com Marlos, o substituto do lateral Carlão, contundido.

Além disso, René Simões posicionou o meia Diogo na lateral-esquerda, o qual teve um bom desempenho, sem comprometer o setor. Assim, o Coritiba, no embalo da torcida, marcava a saída de bola do Leão paraense que jogou no 3–5–2, com os atacantes Fábio Oliveira e Zé Augusto.

Aliás, o técnico Charles Guerreiro, na mão oposta, acreditava que com seus alas, e com a habilidade do meia Vélber, pudesse surpreender o Coxa. Só não esperava que o talentoso Marlos fizesse o que poucos jogadores ousam fazer hoje: partiu para cima do adversário acreditando em seu potencial, com personalidade, driblando e deixando Keirrison cara a cara com Danrlei.

Aí foi só sair para o abraço – Verdão 1 a 0. Não entendo o porquê da permanência do Marlos no banco. Podem argumentar que falta a ele experiência; mas para adquiri-la, é preciso jogar. Assim como Keirisson, artilheiro da equipe que, às vezes, não aparece nem no banco. E não me venham com essa conversa que é somente uma questão de terapia ou tratamento de choque, sei lá!

Na realidade, esses dois atletas estão precisando de uma seqüência de jogos (assim como Pedro Ken está tendo), porque já provaram que são os melhores. Venho insistindo na idéia de que esses jogadores, além do sentimento que têm pela camisa e do indiscutível talento, representam um investimento valioso para o clube.

Agora, minha análise tem como base apenas o rendimento do atleta em campo. E comissão técnica e diretoria têm consciência disso. Consciência também teve Keirrison que retribuiu o presente recebido por Marlos, ao deixar Hugo livre para fazer o segundo gol do Coxa. Como se não bastasse, Keirrison, com um drible desconcertante, quase ampliou o placar. Mesmo finalizando para fora, foi aplaudido pela torcida que reconhece o peso do futebol dele.

Com ou sem tratamento de choque, o Verdão assumiu a liderança, com 43 pontos, pois se beneficiou da vitória do Avaí contra o Criciúma em Florianópolis. É isso.

esportes@gazetadopovo.com.br

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