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Nem toda potência poliesportiva é uma nação forte, mas todo o país desenvolvido tem uma cultura esportiva ampla e diversificada. Por isso no ranking olímpico, os destaques ficam sempre por conta dos EUA, Alemanha, França, Inglaterra, Japão e por aí vai. O Brasil está no caminho certo a partir do momento em que abriu o leque para desenvolver outros esportes, além do nosso eterno carro-chefe, o futebol.

A política de importar técnicos estrangeiros de grande capacidade é tiro certeiro. Um português para o triatlo, um cubano para o boxe, um francês para o hipismo, um espanhol para o handebol... Enfim, atualmente são 18 técnicos estrangeiros no Brasil. É uma equação que soma formação, hábitos e trabalho, desde a base até a graduação de outros treinadores, em diversas modalidades.

No momento, o argentino Rubén Magnano é "o cara". O basquete masculino do Brasil pode voltar às Olimpíadas, desde que vença esta noite a República Do­­minicana. Não por acaso, este fantástico hermano deu à Ar­­gentina o ouro olímpico de Ate­­nas, privilégio até então apenas de Estados Unidos, União Soviética e Iugos­­lávia.

Estamos resgatando um esporte que já foi o mais popular depois do futebol. É gratificante para o basquete termos, quem sabe, o melhor técnico do mundo classificando o Brasil para os Jogos de Lon­­dres, dentro do seu próprio país, a Argentina.

Para Magnano, fervoroso torcedor do ascendente clube de futebol Belgrano de Córdoba, tudo isso é sadio. Perguntado se os argentinos têm inveja dos brasileiros e vice-versa, respondeu com elegância: "Esta é uma inveja mista, folclórica, linda, que colore e dá substância aos jogos", disse.

Com este espírito esportivo e muita competência, Rubén Magnano veio para reformular o basquete do Brasil. Bem pago, é verdade, e nem poderia ser diferente. Se não hoje, o que não seria nenhum desastre pelas circunstâncias, o Brasil deve se classificar na repescagem. O sublime disso tudo, é que no esporte somos cosmopolitas e usamos a mesma fala universal.

Cariocas

Apesar de o Flamengo descarrilar o bonde nas últimas rodadas, o Rio de Janeiro está em estado de graça. Há muito não se via os quatro clubes cariocas entre os primeiros, já no segundo turno do Brasileirão. Acompanhei quarta-feira no "Engenhão" uma encantada partida do Botafogo contra o Ceará. Em todos os sentidos – clima, es­­tádio, gols, talentos... Caio Júnior deu alma para o Botafogo, que tem posicionamento, individualismo e restituição de peças.

O Coritiba não foi mal contra o Vasco, mas está perdendo um pouco aquela magia do primeiro se­­mestre, quando usava e abusava do toque de classe de Rafinha, Ga­­go, Davi, Marcos Aurélio e Aquino. Será um jogaço amanhã.

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