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Posso estar errado – e imagino, em parte, que até esteja –, mas continuo heroicamente resistindo à moda e/ou tentação tecnológica de aderir a convites que recebo para me tornar amigo virtual, ou coisas do gênero. Por outro lado, não deixo de acompanhar, atualizar e refletir, sobre a velocidade absurda no avanço da internet. Penso que nasci numa época boa, e que em futuro breve a internet e a humanidade serão uma só coisa, para o bem ou para o mal. Ou seja, esqueça meu amigo a privacidade e cuide da transparência. Esse é um caminho sem volta.

Lembro-me do filme que assisti lá pelos anos de 1960, no cine "Santa Maria", chamado "Um dia, um gato" – parece até que já fiz referência tempos atrás –, onde um mágico e seu gato (que usa óculos) fazem o espetáculo. Quando os óculos do gato são tirados, as pessoas para quem ele olha mudam de cor de acordo com o caráter e suas atitudes: os ladrões ficam cinza; as pessoas falsas, amarelas; os mentirosos, roxos; e por aí vai. Assustadas, as pessoas da plateia fogem, e as crianças riem. Foi um filme muito bom, divertido, sem ódio, e com profundidade. Diferente dos trollers da internet, que alteram as cores das pessoas quando lhes convém, o gato prima pela fidelidade. Sou mais o gato, claro.

Algum dia, não muito distante, a inteligência artificial vai superar a inteligência humana, e não é possível prever o que isso possa significar. Exceto que não haverá mais diálogo, e que tudo será impessoal. Resta, portanto, um pequeno espaço de tempo para o diálogo entre pessoas. Na política, no esporte, e em qualquer segmento.

Clubes de futebol de médio porte como os nossos, precisam criar uma espécie de parceria que vá além das quatro linhas, com jogadores experientes, abastados, e de DNA histórico. Caso de Alex, quando parar, e do técnico Ricardinho, agora. São imagens e know-how que deixam escorrer pelas mãos. Beckenbauer e Guardiola são alguns exemplos de ação integrada de dois dos maiores clubes do planeta, Bayern e Barcelona. O mesmo, aqui, serve para o Atlético, com o reaproveitamento de Paulo Rink.

No ritmo alucinante da informática, sobra pouco tempo para a troca de experiências ao vivo e a cores, mas eu ainda voto no diálogo para compartilhar as coisas sérias.

Desconstrução

A palavra mais comentada neste segundo turno das eleições foi usada de uma maneira não muito correta. Desconstrução não significa necessariamente destruição. Pode ter o sentido de ajuste, de reparo, de esclarecimento. É o que o Paraná Clube está anunciando, com uma ideia progressista de marketing, a mudança para a moderna Cidade Racco do Futebol (antigo CT Barcellos), e o futuro estádio na Vila Olímpica. A desconstrução de um modelo superado parece abrir espaço para um neoParaná.

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