• Carregando...

O fuso horário de Lima em relação a Curitiba empurrou o segundo tempo do jogo do Atlético para a Sessão Coruja de sexta-feira. A partida do Coritiba foi um pouco antes, e terminou ainda na quinta. Não afetou ninguém. Há competições, no entanto, que comprometem o rendimento dos atletas pelos horários esdrúxulos. Na Copa do Mundo, por exemplo, 24 jogos estão marcados para as 13 horas, alguns deles em estádios próximos à linha imaginária do Equador. Um absurdo. Não há mais critério, preocupação com os seres humanos, para estabelecer horários no futebol e em outros esportes. Em breve haverá jogos ao vivo às 2, 3, ou 4 horas da madrugada. Alguém duvida?

Desencontros

Foi um mês e alguns dias de aquecimento para, agora sim, começar de fato o que interessa: o mata-mata do campeonato regional. Deve melhorar alguma coisa. A televisão ajuda bastante dando vida a jogos insípidos. Tomadas interessantes de coelhos, pássaros, chilique de treinadores, e alguns lances curiosos dos jogos em si, divertem. O que é bom. Quem assiste de casa tem essa vantagem. Ir ao estádio, porém, sempre foi um bálsamo. Lá é que se extravasa com gestos e gritos, as frustrações nossas de cada dia. Com pitada de bom humor então, é uma delícia. O futebol é apaixonante, mas tem muita gente complicando. O preço do ingresso e a insegurança jogam contra o torcedor. No caso dos campeonatos regionais, penso que estamos ouvindo o canto do cisne. É um processo em extinção, onde as pessoas de comando ajudam a evaporar o saudoso aroma que pouco resta.

Nesta semana, federação, clubes e polícia militar voltaram a bater cabeça. Definiram somente na quinta-feira os detalhes para o clássico de amanhã. Não houve planejamento (como sempre), mesmo com os critérios pré-estabelecidos lá atrás. E, pra variar, em clima de discórdia, com troca de acusações. Enfim, Atlético e Paraná será testemunhado por apenas três mil rubro-negros. Torcida única e restrita. O Ecoestádio, construído com originalidade e bom gosto pelo Joel Malucelli, é um colírio para os olhos. Um novo conceito de sustentabilidade. Ideal, porém, para jogos de pequeno porte e sem chuva. Jamais para jogos de alto risco como o clássico de amanhã. Seria como escalar Palmeiras e São Paulo para a Rua Javari.

Os absurdos no futebol são tantos que seria oportuno incluírem nas eleições de fim de campeonato prêmios também para os piores. Espécie de Framboesa de Ouro, criada pelos irreverentes críticos hollywoodianos, que satirizam o Oscar, premiando os piores do cinema – filme, diretor, ator, etc – no 1.º de abril, dia da mentira. Único problema é que faltaria espaço para tantos troféus, nas prateleiras apinhadas de incompetência da FPF e de suas congêneres. Com todo o respeito.

Dê sua opinião

O que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]