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O Coritiba já elegeu seu vilão caso perca o título estadual para o Operário. Vaná voltou de Ponta Grossa crucificado pelos dois gols sofridos. Único condenado por um crime coletivo. Peixoto corre solto entre Wellington Paulista e Luccas Claro no primeiro gol; Wellington Paulista para enquanto Joelson segue para marcar o segundo. Detalhes varridos da memória coletiva.

“Vaná não vai ser perdoado se o Coxa não for campeão É da nossa cultura” foi a definição precisa de Gerson Dall’Stella, ex-goleiro alviverde. Gerson sabe bem o que é isso. Último camisa titular da camisa 1 formado no Coritiba antes de Vaná, ele até hoje é lembrado pelo erro no primeiro jogo da final de 90, que permitiu ao Atlético empatar no último lance da partida – e ser campeão dias depois, com o gol contra de Berg. Pouco importou que o mesmo Gerson tinha sido o titular do mágico time de 1989. Para a história, ficou o soco na bola além da linha da grande área.

Se perder, a torcida do Coritiba não pode condenar outro goleiro feito em casa. Vaná fez um bom campeonato. Enfileirou quase sete partidas sem sofrer gol. Encaixou-se rapidamente em uma defesa herdada de Vanderlei, que nos três anos anteriores quase não lhe permitiu necessários minutos em campo.

Se quiser ganhar, o Coritiba precisará de Vaná. O jogo de amanhã é daqueles para a defesa trabalhar pouco e sem direito de errar. O Operário jogará pacientemente à espera de uma bola para esticar no contra-ataque. Tomar um gol tornará impossível a missão do Coritiba. É inevitável que Marquinhos Santos convoque o time a jogar por Vaná. É obrigatório que a torcida jogue com Vaná. O torcedor que já se derreteu por muitos falsos brilhantes importados que vestiram verde e branco deve esse crédito ao prata da casa – ou perderá a razão quando pedir para o clube apostar na piazada da base.

Pólvora seca

De um lado, uma polícia anabolizada pelo discurso de “lei e ordem” e com um ato de violência desproporcional fresco na memória. De outro, uma torcida organizada rachada, com renúncia de presidente e um grupo dissidente favorável à violência. No campo, um time matematicamente mais próximo do vice do que do título. A arquibancada de entrada do Couto Pereira precisará de muita atenção e inteligência neste domingo.

FX

Causou calafrios nos corredores do Alto da Glória a menção deste jornalista ao fato de Rodrigo Ramos, o Coritiba na seleção sub-20, ser herança da era Felipe Ximenes. Fato tão incontestável quanto Rafael Sóbis, Nilmar, Pato e Daniel Carvalho serem herança de João Paulo Medina no Internacional. Quando Ximenes foi embora, o Coritiba já não precisava mais dele havia muito tempo. Se quiser chegar a algum lugar, o Coritiba precisa de Medina por muito tempo – mais do que qualquer cartola democraticamente eleito. Do que o Coritiba não precisa em tempo algum é de vaidades bestas.

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