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A qualidade técnica de Petkovic e Adriano não se discute. O lance do segundo gol do Flamengo, na vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba, deixou isso bem claro. Mas ao mesmo tempo todos sabem que a dupla não está no melhor da forma física. Tomar gol deles em uma jogada de velocidade, en­­tão, passa a ser uma falha gravíssima.

Se Pet acertou um lançamento milimétrico e o Imperador encobriu Edson Bastos para marcar um golaço, foi porque tiveram espaço de sobra. Ao receber do próprio Adriano, o sérvio estava sozinho no círculo central. O co­­xa-branca mais próximo era Mar­­celinho Paraíba, que havia perdido a bola na frente e voltava para tentar recuperá-la. Isso dá bem a dimensão de como a equipe estava desarrumada. Leandro Donizete e Pedro Ken, que estavam atacando, não tiveram tempo de voltar.

Velocidade nunca foi o forte do gringo, mas bater na bola sim. Com a marcação distante, ele teve tranquilidade para dominar e fazer um lançamento perfeito. Adriano era marcado por Jéci no início da jogada. Em vez de acompanhar o flamenguista, o zagueiro alviverde fez menção de ir em direção a Pet, mas acabou ficando no meio do caminho. Enquanto isso o atacante arrancava em direção ao gol.

O último homem da defesa coritibana era Dirceu. Porém, assim como o companheiro de zaga, se preocupou mais com a bola e esqueceu da movimentação adversária. Quando Petkovic fez o passe, Adriano já havia passado por ele na corrida. Então mostrou toda a sua categoria ao tocar por cima do goleiro.

Ficou a lição. O Coritiba foi corajoso ao tentar jogar de igual para igual com o Fla no Maracanã. Mas isso não deveria significar dar tanto espaço assim. Ainda mais para jogadores que continuam sendo decisivos.

Os personagens da rodada

Gênio

Hélio dos Anjos

O técnico do Goiás aproveitou muito bem a empolgação corintiana pela volta de Ronaldo. Amarrou o Timão de uma forma que o Fenômeno pouco pegou na bola e, com o adversário vindo para cima, viu sua equipe voltar a ser mortal nos contra-ataques.

Professor Pardal

Cuca

Os técnicos que passam pelo Fluminense parecem não saber mais o que fazer. Cuca encheu o meio de campo para tentar segurar o Grêmio, em Porto Alegre, deixando apenas um atacante. Com 23 minutos, já havia tomado três. No fim, cinco.

Operário-padrão

Souza

O meia gremista marca, se movimenta, cobra faltas e apa­­rece na área para finalizar. Contra o Fluminense, foram mais dois gols. No primeiro, bateu a falta que ainda desviaria em Adeílson. No outro, completou de carrinho uma jogada de Tcheco.

Peladeiro

Cássio

O zagueiro entrou quando o Fluminense já perdia por 3 a 0. Com um terceiro homem na defesa, o time parecia ter ganho segurança e chegou a diminuir. Mas Cássio ainda faria um gol contra e falharia em outro, facilitando o 5 a 1 gremista.

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