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Nos acréscimos

"Devo voltar ao meu clube no Brasil porque tenho mais um ano de contrato lá."

Raul Ruidíaz, atacante do Universitário, do Peru, dizendo à imprensa de seu país que volta ao Coritiba em 2015.

O banco Itaú lançou, semana passada, a edição 2014 da análise financeira dos clubes brasileiros. O diagnóstico, com base nos balanços de 2013, é de que parou de entrar dinheiro. As receitas brutas dos 23 maiores clubes do país haviam crescido, nos três anos anteriores, 26% (2010), 28% (2011) e 31% (2012). Ano passado, o aumento foi de apenas 9%. Pulou de R$ 2,9 para 3,2 bilhões. A desaceleração foi determinada pelas receitas de TV, que não se alteraram em relação a 2012 e ainda tiveram a perda da inflação (5,9%).

Círculo vicioso

Se a receita cresceu pouco, o custo do futebol aumentou. Segundo o balanço, as despesas subiram 16%, dentro de um ciclo sombrio apontado pelo estudo. "Os clubes contratam muito e mal, investem pouco em categorias de base, carregam atletas caros e de pouco efetividade, montam elencos desequilibrados e dependentes de receitas extraordinárias. O círculo vicioso está criado: com elencos desequilibrados os times não atuam bem, os patrocínios não retornam, o torcedor não vai ao estádio, a venda de atletas fica mais difícil e, no fim do dia, faltará dinheiro", diz o estudo.

Fator Arena

O estudo dedica capítulos específicos por clube. No Atlético é apontado o crescimento de receita total (17%), com destaque especial para estádio: "42%, apesar de não atuarem na Arena da Baixada". É exatamente no estádio que o banco aposta para o Atlético fechar as contas em 2014, combinado a venda de atletas e redução de custos.

Negociação direta

Outro destaque feito pelo banco nas finanças do Atlético são financiamentos diretos com fornecedores. Embora diga não ter em mãos detalhamento que permita saber a origem dessa receita, o Itaú aponta que o movimento rendeu R$ 26 milhões que permitiram ao clube gerir o ano. O clube também registrou o recebimento de R$ 15 milhões da ação contra a Federação referente ao Pinheirão.

Boa notícia...

A análise financeira do Coritiba se divide entre evoluções e possibilidade de risco no médio prazo. As receitas cresceram 11%, impulsionadas pela venda de direitos econômicos (42%). Para manter a pegada em 2014, só com bilheteria e sócio-torcedor, ambas em queda. A redução de custos e despesas em 5% também é sublinhada.

… e má

O risco é representado pelo aumento de dívida bancária. Segundo o estudo, foram R$ 17 milhões em empréstimo para fechar o caixa. O equilíbrio financeiro está em controlar a elevação da dívida bancária e manter as receitas que dependem da torcida.

Azuis e vermelhos

Pinheiros e Colorado, os times que deram origem ao Paraná, tiveram suas camisas resgatadas pela loja Liga Retrô. Uma versão do modelo vestido pelos azuis no título paranaense de 1987 (o último de sua história) e outra dos vermelhos no título estadual de 1980 (dividido com o Cascavel) estão à venda na loja da grife em Curitiba. As duas camisas custam R$ 119,90 cada.

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