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Quando a gente acha que não dá para piorar, pinta uma nova. Que tal esse último desdobramento do Caso Héverton? A CBF "empresta" R$ 4 milhões e a Portuguesa desiste da batalha jurídica pela Primeira Divisão. Mal-entendido? Chantagem? Business? Ou só uma "sacanagem gostosa"?

Por essas e outras hoje em dia só é trouxa quem quer no futebol. Mesmo o mais desavisado ou ingênuo torcedor, jornalista, jogador, não consegue passar indiferente aos acertos, armações, golpes, esquemas e malandragens contaminando os bastidores do outrora "teatro maravilhoso da bola". Impossível.

O que fazer? Abandonar o esporte? Fuga em massa dos estádios? Queima coletiva de camisas no centro do gramado? Nada disso. Basta manter o espírito crítico sempre "aquecido", pronto para ingressar em qualquer discussão, contestar seja qual for o assunto.

Principalmente quando a cartolagem entra em cena. Se os dirigentes estão no centro das atenções é porque algo está errado. Eles odeiam futebol – você já viu alguma vez o presidente do seu clube trajando o manto sagrado?

A motivação deles é grana ou vaidade. Não foge disso. E há quem siga essa gente como "abnegados pelas cores do clube", líderes de uma nação, ases da administração esportiva. Piada.

Assim sendo, com as coisas no seu devido lugar, quem sabe o ambiente da bola melhore no futuro. E o destino dos clubes volte a depender mais da categoria dos times do que da desenvoltura de cartolas e advogados pelos corredores.

Juventude transviada

Todo início de ano, com os clubes de férias ou os Estaduais engatinhando, a turma se ocupa vendo a Copa São Paulo de Juniores. Na abstinência braba de futebol, é até compreensível, mas, não sendo assim, como tem gente com saco para assistir essa molecada jogando bola?

As partidas são péssimas, quase invariavelmente. Uma correria, um bumba meu boi sem qualquer ordenação tática e de baixíssimo nível técnico. Aliás, não é só na Copinha. Em boa parte das competições de categorias de base é assim, incluindo as disputas de seleções.

Veja bem, não estou cobrando que uma piazadinha ainda mostre categoria e consciência de veterano. Não é isso. Trata-se apenas de uma constatação.

Para piorar, a juventude exibe em grau ainda mais elevado os vícios dos adultos. São individualistas – para se exibir aos empresários – e mentirosos ao extremo. Atiram-se na maioria dos lances, simulam contusões grotescamente, enfim, pra quem gosta de mau-caratismo é um tesão.

Acompanhar esses campeonatos deveria servir como punição alternativa. O sujeito que insistir em infrações de trânsito ou cometer crimes de menor potencial poderia, além de catar lixo ou servir uma creche, ser obrigado a ver a Copinha, o Paranaense sub-18 ou o Sul-Americano sub-20 por um determinado período. É uma ideia.

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