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Na sexta-feira, Felipe Ximenes disse à Rádio Transamérica que o planejamento do Coritiba pre­­vê disputar competições sul-ame­­ricanas a par­­tir de 2013. Nas entrevistas, diri­­gentes, jogadores e comissão téc­­nica do Coxa já falaram em brigar imediatamente pela Liberta­­do­­res. E o jogo de domingo, com o Grê­­mio, mostrou uma equipe muito mais alinhada com o projeto exposto pelo dirigente do que como discurso para encantar a torcida.

A espera burocrática para ver o que acontece nos 15 primeiros minutos, repetida nos dois tempos no Olímpico, revelou um Coritiba que se satisfaz em não cair e estacionar no meio da tabela. Para ir além disso, será preciso mais do que vencer em casa e se contentar com migalhas como visitante.

É evidente que chegar à Libertadores desestruturado pode ser fatal. Aí estão Paraná e Sport, que jogaram o principal torneio do continente e caíram no mesmo ano. O tombo foi tão grande que ambos seguem na Série B.

O Coritiba, hoje, indica ter uma base sólida o suficiente para aguentar o tranco de um torneio mais caro, em que só lucra quem passa da primeira fase. O elenco permite mudanças na equipe sem perder a qualidade e um lastro financeiro interessante começa a se criar. Falta ainda a ambição de dizer que 2013 é agora.

Prazo de validade

Marcio; Wagner Diniz, Wendel, Fabrício e Marcelo Oliveira; Róbson, Cléber Santana, Kléberson e Madson; Adailton e Itamar. E ainda tem Paulo Roberto esperando para entrar. Não é o Atlético que Renato Gaúcho irá escalar sábado, contra o Vasco – improvisações como a de Wendel na zaga não fazem o seu estilo. É um time inteiro com contrato somente até dezembro. Caindo ou salvando o clube, este numeroso grupo poderá deixar a Baixada ao fim da temporada sem que fique um centavo no caixa rubro-negro.

Ainda é precipitado dizer se esses jogadores conseguirão evitar o descenso. Mas já é possível afirmar que 2012 será um ano de incertezas para o Furacão, simplesmente porque não sobrará um time-base dessa temporada. Dos tantos erros cometidos na condução do futebol atleticano em 2011, este é um que inevitavelmente deixará sequelas.

Por outro lado

Para não dizer que não falei das flores, o Atlético só será o pior lanterna dos pontos corridos em dez rodadas se perder para o Vasco. Caso empate, iguala a sua própria arrancada (sic) de 2005 e a do Santa Cruz em 2006. Com uma vitória, além de poder entregar a lanterna ao Avaí, o Furacão também deixa para trás as campanhas dele mesmo e do Santinha, além de juntar-se ao Botafogo de 2004. Além disso, somente o Santa Cruz foi único lanterna de décima rodada a ser rebaixado no fim de um Brasileiro por pontos corridos. Quando a fase é ruim, qualquer estatística por ser um alento.

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