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A diferença entre Atlético-MG e Coritiba no placar é proporcional às duas equipes. O Galo tem um elenco campeão de Libertadores, capaz de absorver ausências de longo (Leandro Donizete) e curto prazo (Diego Tardelli) com reservas (Josué e Luan) que seriam titulares na maioria dos times do Brasil. O Coritiba, que completo tem um bom time, repõe a ausência dos seus dois jogadores mais estrelados (Alex e Deivid) com um substituto de quem se conta nos dedos os bons jogos pelo clube (Lincoln) e outro que o mercado nacional já havia descartado (Bill).

A esse cenário, se soma uma mudança clara no comportamento do Coritiba. No seu melhor momento no campeonato, o Coxa se propunha a ter a bola no pé e jogar como se estivesse no Couto Pereira. Essa proposta de jogo foi abandonada. Entrou no lugar dela uma equipe que se propõe a defender prioritariamente e buscar uma bola para decidir o jogo. Prática que exige a perfeição na marcação.

Se a marcação é perfeita, a vitória é possível, como quando o Coritiba bateu o Palmeiras, em Araraquara, em 2012. Se há furos, a derrota torna-se inevitável, vide a partida com o Botafogo, semana passada, e a de ontem, contra o Galo.

Tapete surrado

Quando trocou o gramado da Vila Capanema, no fim do primeiro semestre, o Paraná parecia ter resolvido todos os seus problemas com o campo de jogo. O novo piso era um tapete em que a bola poderia rolar com perfeição. Um aliado tremendo para quem tem Lúcio Flávio, Fernando Gabriel, Wellington, Felipe Amorim, Ricardo Conceição, Cambará, Reinaldo… jogadores que veem o nível de seu jogo atingir o máximo se praticado nas condições adequadas.

Faz pouco mais de três meses que o gramado da Vila foi reinaugurado e a situação é preocupante. São visíveis as falhas por todo o campo. Nas áreas, nas laterais, perto do círculo central. No sábado à noite, Wellington se queixou do terreno. Adversários de Atlético e Paraná fizeram queixas semelhantes.

Há um uso excessivo da Vila. São os jogos de Paraná e Atlético no Brasileiro. Mais jogos do Paraná nas Copas do Brasil sub-17 e sub-20. E jogo de futebol feminino. E treinos do Paraná – alguns saíram do Boqueirão porque o terreno duro de lá estava causando um prejuízo muscular nos jogadores. Isso que o Atlético não tem usado o direito contratual de fazer um treino no Durival Britto antes de cada partida.

O Paraná precisa cuidar melhor do seu gramado. Algo que, inevitavelmente, exige dinheiro. E dinheiro tem entrado a conta-gotas no cofre paranista até para despesas mais elementares. Ainda assim, é preciso uma atitude para evitar que o efeito do benefício de ter um gramado novo seja reduzido.

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