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Os opositores da Copa do Mundo em Curitiba podem conter o ânimo – e os defensores, respirar aliviado. A vinda de Jérôme Valcke à cidade, hoje, não significará a exclusão da Arena da Baixada da lista de estádios para o Mundial. Qualquer mudança radical como essa, neste momento, traria efeitos muito mais negativos do que positivos. E não me refiro apenas ao município, ao estado e ao Atlético, que teriam um prejuízo financeiro e de imagem enorme a administrar. Uma mudança dessas, com ingresso vendido, tabela feita e seleção preparando sua logística, seria uma tragédia e sinônimo de prejuízo financeiro para a Fifa. E se mexe no bolso da Fifa, companheiro, esqueça. A entidade faz tudo para resolver o problema e recolocar as coisas no rumo.

A visita de Valcke tem esse objetivo, uma correção de rumo. Ou, para usar um termo do próprio secretário-geral, ele vem para dar um "chute no traseiro" de Curitiba. Talvez nem precise. O alerta disparado por Charles Botta na semana passada fez o Atlético se mexer. Petraglia reuniu as garantias necessárias para liberar o restante do terceiro empréstimo da Fomento Paraná e, enfim, fechará o orçamento da obra. É inacreditável, mas apenas a menos de cinco meses da Copa finalmente conheceremos o valor da fatura e a data em que o estádio será aberto.

O passo seguinte é cuidar para que cada centavo repassado dos cofres públicos seja devolvido corretamente, nos prazos determinados. Falar se a Copa na cidade é um bom negócio ou não tornou-se matéria vencida há muito tempo. A Copa está aí e é preciso fazê-la bem feito. Na marra e aos 45 do segundo tempo, é o que parece que acontecerá a partir de agora. Por via das dúvidas, melhor esperar para ver.

Vitória tricolor

O peso sentimental de se desfazer de patrimônio e o histórico de má gestão justificavam muitos temores quando o Paraná vendeu a sede do Tarumã. Mas era claro que a operação era a única maneira de o clube organizar a casa, zerar suas dívidas e começar vida nova. O primeiro fruto dessa decisão corajosa foi colhido com a divulgação do patrocínio da Caixa Econômica Federal. Uma vitória que merece ser comemorada, embora com moderação.

O Paraná era um clube doente administrativamente. A recuperação é lenta, gradual e só será completa com novas conquistas. Contratos melhores de parceria, independência na gestão do futebol, melhora no patrimônio, retorno à Série A... Tudo faz parte de um processo longo, mas que, agora sim é possível dizer com segurança, começou no Paraná.

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