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Peguei uma febre daquelas nesta semana. Vírus disseminado no nosso pedaço de redação pelo editor-assistente Rodrigo Fernandes e potencializado pelo implacável ar-condicionado. Passei uma noite de cão de terça para ontem. Tremedeira, suador e delírios. O mais duradouro deles, como a situação do Paraná. Não estou brincando. Passei a noite inteira sonhando que os conselheiros do Tricolor boicotavam a eleição de 7/11 e o clube ficava sem diretoria.

Se eu, que não tenho envolvimento emocional com o time das Vilas, tive esse tipo de delírio na carona de um febrão, imagine como têm sido as noites de sono dos paranistas de corpo e alma.

Cada dia é uma nova bomba. Só para ficar nessa semana, o caso Batista foi ressuscitado – uma pancada desnecessária no já combalido Tricolor, que, apesar do temor, dificilmente será punido; nem a procuradoria foi unânime quanto à inclusão do clube na denúncia.

Sérgio Junqueira, líder da oposição, detonou a situação, especialmente Aurival Correia, em entrevista à Band News. Fez acusações desde a oferta de patrimônio do clube a empresários à suposta intervenção do atual presidente para barrar investigações internas.

Até os jogadores apimentaram a situação. Beto e Neguete disseram sentir falta da convivência com o presidente Miranda. Nem todos acompanharam o discurso. Indício de que havia – ou há – no grupo uma divisão entre os "mirandistas" e os "antimirandistas". E ainda tem mais coisas para vir à tona...

Felizmente para mim, tomei alguns comprimidos, uma caneca de chá e consegui domar a febre. Infelizmente para os paranistas, a febre do clube é tão forte que atingiu boa parte dos órgãos e a profilaxia, se não for eficiente, deixará seqüelas graves no clube.

Olho por olho, dente por dente

A torcida do Atlético quer pelo menos "zerar o saldo" do chute no rosto de Alex Mineiro e da cotovelada na boca de Evandro na partida da próxima semana, contra o Grêmio. É a lei do olho por olho, dente por dente. Tolerável quando vem da arquibancada, mas que não pode, de forma alguma, contagiar os jogadores. Pena que os dirigentes não pensem assim e – com o pedido do Grêmio por mais segurança à frente – já comecem a criar uma clima de Arena medieval para o reencontro.

Torneio do Povo

Perda de tempo sem tamanho esse pedido agora também encampado pela diretoria do Coritiba para que o Torneio do Povo seja reconhecido como título nacional. Primeiro porque a CBF – que não considera o Robertão como Campeonato Brasileiro e nem o título do Flamengo na Copa União de 87 – não vai dar a mínima para a solicitação. Mas especialmente porque é auto-afirmação desnecessária. O Coritiba e os coxas-brancas sabem do valor do Torneio do Povo para o clube, da dificuldade que foi conquistá-lo na condição de azarão. Isso basta.

De qualquer maneira, se o Coxa quer bordar uma estrela na camisa, que vá lá e borde. Não precisa pedir a bênção da CBF para hierarquizar os seus títulos.

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