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"Esse moço" (copyright by MCP) motivou uma nota oficial, na sexta-feira, e um pronunciamento presidencial do Atlético, no sábado. O estopim foi a informação trazida na coluna de sexta, apontando o teto retrátil como o motivo do aumento de orçamento da Arena da Baixada e de um reforço no empréstimo do BNDES. Alega o clube que o salto é motivado pela inflação nos custos de construção civil, que não pediu dinheiro ao BNDES e que o custo do teto não chega a um quinto dos R$ 35 milhões mencionados por "esse moço".

Pois "esse moço" apurou a informação com pessoa que tem trânsito no Atlético e nas coisas relacionadas à Copa do Mundo. Fonte de confiabilidade comprovada. Porém, se "esse moço" realmente tiver informado mal, ele assume, corrige e ajoelha no milho sem constrangimento algum.

Como parece não ter havido constrangimento algum nas manifestações de sexta e sábado para misturar laranja com cebola. Afirmar que "esse moço" "publica insistentemente e constantemente informações tendenciosas e invenções" não condiz com a reação do clube às matérias que têm sido publicadas. Há pelo menos seis meses escrevo com regularidade reportagens sobre a nova Arena. Em nenhuma delas o clube reagiu no ato contestando as informações publicadas, até porque brigaria com fatos e documentos do próprio Atlético.

Não dá para negar o contrato assinado com a Kango para fornecimento de cadeiras. Nem que o clube tinha em mãos orçamentos menores, que foram descartados por questões técnicas avalizadas por Carlos Arcos. Arquiteto que trabalha há tempos no projeto e que Petraglia, mesmo quando esteve fora da diretoria, recomendou fortemente, por e-mail, que continuasse prestando esse serviço.

Tampouco é possível negar o vídeo da reunião em que Petraglia convence os conselheiros de que o seu modelo de financiamento da Arena era melhor que o da OAS – e "esse moço" concorda que é mesmo. Vídeo em que Petraglia diz, com todas as letras, que suas empresas estariam fora do fornecimento de cadeiras e cobertura ao estádio. E que só o fariam se fosse a preço de custo. Querer criar um quadro de perseguição só interessa a quem sempre procura o conflito e a vitimização para ter a justificativa quando as coisas dão errado e atribuir-se heroísmo quando as coisas dão certo. Cortina de fumaça que desperdiça a boa chance de explicar alguns pontos deixados em aberto.

1) Se o aumento é resultado da inflação do orçamento, quem vai pagar a conta? A matriz de responsabilidade respalda que prefeitura e estado assumam um terço cada da nova fatura; 2) Se isso acontecer, será emitido mais potencial construtivo para fechar a conta?; 3) Como será pago o teto retrátil?; 4) Com nove meses de prazo para a entrega do estádio, há projeção de nova inflação?

Aguardamos – "esse moço" e todos os interessados – as respostas. Seja em nota, seja em pronunciamento oficial.

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