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A Conmebol transformou rapidamente em pó sua punição "exemplar" ao Corinthians. O Timão poderá desfrutar da sua torcida sempre que jogar em casa da Libertadores. Terá novamente o apoio que o ajudou demais a conquistar o título do ano passado. A multa, US$ 200 mil, é troco de pinga para o clube que mais fatura no país. No fim, dolorido mesmo, só o luto eterno da família Spada.

Uma instituição de ensino, que deveria primar pela boa formação dos nossos filhos, deu uma bolsa de estudos à Gaviões da Fiel. A organizada corintiana repassou o mimo para o torcedor que assumiu o lançamento do sinalizador que matou Kevin Espada. Um jovem de 17 anos, coincidência bem-vinda diante da legislação brasileira.

O Palmeiras perdeu para o Tigre, na Libertadores, e foi agredido por torcedores ainda no aeroporto de Buenos Aires. Sobrou para Fernando Prass, um dos melhores do time, que se feriu com o caco de xícara quebrada. A diretoria palmeirense prometeu cortar os incentivos à Mancha Alviverde. Faltou explicar por que diabos eles sempre existiram?

Felipe Gomes da Silva teve sua atuação aprovada nos lances mais polêmicos de Londrina x Coritiba. Ainda assim, foi punido por não dar o pênalti no coxa-branca Arthur e não ser mais rigoroso ao debelar a revolta londrinense após o gol de Alex. A preservação do árbitro em um momento de tanta pressão é necessária, mas é inevitável sentir o cheiro de decisão política no ar.

Semana passada, defender que o choque entre Santos e Gil no Atletiba foi duro, porém casual, e dizer que o Coritiba teve dificuldades no clássico despertou uma reação padrão entre os coxas-brancas – "Coisa de atleticano" – e outra entre atleticanos – "Parabéns pela isenção e enxergar o óbvio". Essa semana, defender que não houve pênalti a favor do Londrina despertou uma reação padrão entre os atleticanos – "Coisa de coxa" – e outra entre coxas-brancas – "Parabéns pela isenção e enxergar o óbvio".

Na comemoração pelo título do primeiro turno, jogadores do Coritiba – Willian e Pereira, para não generalizar –, esbarraram no lugar-comum de colocar uma conquista como uma resposta às cobranças da imprensa. Extensão de um sentimento de "todos contra nós" que permeou a estratégia motivacional do jogo, com direito a recorte de jornal e impressão de blog pregados na parede. Prática que, convenhamos, há tempos não combina com um time do tamanho do Coritiba.

Não gosto nada de Caetano Veloso, mas nitidamente há muita coisa fora do ordem no futebol mundial.

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