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Está se criando um lugar comum sobre o Coritiba do Campeonato Brasileiro. De que o time começa e termina em Alex. Uma visão que combina a expressiva participação do jogador nos gols com uma visão estreita do futebol alviverde. É injusto. E também uma proteção bem-vinda.

Alex brilha mais do que qualquer outro jogador do Brasileirão graças ao estilo de jogo adotado pelo Coritiba. A bola chega mais redonda a Alex porque sai dos pés de Robinho e Bottinelli, que têm maior capacidade de passe do que qualquer outro volante que, em regra, técnicos brasileiros escalariam na tentativa de liberar o craque do time da marcação. O Coritiba libera o craque sem sacrificar a qualidade do meio de campo.

Deivid está rendendo abaixo do esperado? Está. Mas ainda assim abre espaços importantes para que Alex faça seus gols de centroavante. Victor Ferraz já contabiliza duas assistências no Brasileiro. A mesma quantidade que Robinho e uma a menos do que Alex. A defesa fica mais exposta pela vocação ofensiva do resto do time, porém são incontáveis os gols evitados pelo trio Vanderlei, Leandro Almeida e Chico.

O Coritiba tem um time bem armado que permite a Alex deixar o máximo do seu talento ao dispor do clube. A segunda parte da equação é evidente. A primeira, talvez só apareça quando Alex não estiver em campo – mesmo que a vitória sobre o Atlético-MG, na estreia, só tenha se realizado sem ele no time.

Até lá, Alex será um escudo para o Coritiba. O assédio ao camisa 10 nas vitórias permitirá aos demais não se deslumbrar com as boas atuações. O assédio ao camisa 10 nas derrotas permitirá aos demais digerir o revés sem pressão. Duas situações que permitirão ao Coxa se virar sozinho quando não tiver seu craque em campo.

Caminho fácil

Felipe Amorim virou titular contra o América-RN e Reinaldo deve seguir o mesmo caminho no fim de semana, diante do Ceará. Ainda ficarão de fora Marcos, Alex Alves, Cambará, Moacir, Fernando Gabriel e Ronaldo Mendes. São seis jogadores que em qualquer outro momento, seriam titulares absolutos no Paraná.

Dado Cavalcanti tem um bom time e um ótimo banco. Na Série B, apenas o Palmeiras tem um elenco mais forte. O Sport pode ser colocado no mesmo nível. Os demais estão abaixo. A curto prazo, a tendência é o Tricolor entrar no G4 e não sair de lá. Há dois fatores que podem contrariar esse roteiro: uma ofensiva dos times da Série A ao elenco paranista e a diretoria novamente deixar o salário atrasar.

Após a fraca campanha no Paranaense e na Copa do Brasil, a diretoria trabalhou com eficiência para deixar o caminho na Série B fácil. Precisa trabalhar para não torná-lo difícil.

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