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Santos, Corinthians, Cruzeiro, Bordeaux, Santos de novo, Sporting, Fenerbahçe e Flamengo. Esse é o currículo de Deivid. Essa é a experiência que fez o Coritiba gastar mais que o planejado para trazer Deivid ano passado. O desempenho do camisa 9 em 2012 pagou o investimento. Sem Deivid, o Coritiba teria caído. Ele fez gol em sete partidas que o clube venceu por diferença mínima. Gols que Marcel, Anderson Aquino e Everton Costa não teriam feito.

Além dos gols, o Coritiba foi buscar a experiência de Deivid. Uma referência para o time suportar os momentos mais complicados. Um jogador com currículo vencedor que inspire os colegas a dar o passo que faltou nas duas últimas Copas do Brasil. Um bom malandro que ensine a fugir de provocações e encurtar o caminho para as vitórias. Em poucos momentos Deivid exerceu tão bem esse papel como no vestiário do Couto Pereira, após a sofrida vitória por 1 a 0 para a Ponte Preta – gol dele, claro. Deu uma bronca nos companheiros que permitiram o crescimento da Macaca durante o jogo, cobrou que não estava ali para ser rebaixado.

Esse Deivid – o goleador, o líder, o bom malandro – ainda não apareceu em 2013. Ou, apareceu em momentos bem pontuais. O golaço contra o ACP, o toque oportunista para a rede de Santos no Atletiba e pouco mais do que isso.

As duas expulsões, contra o Toledo e no clássico, são emblemáticas: uma cotovelada no meio de campo, em uma jogada morta de uma partida decisiva; um empurrão após uma confusão que já estava controlada. O assunto merece uma ação direta do comando alviverde. Não falo em termos financeiros, pois Deivid já perde dinheiro por não estar em campo sempre – e as expulsões seguidas abrem espaço para Julio César tomar de vez a posição de titular. Mas claramente há algo errado com o camisa 9. O Coritiba precisa saber se esse problema é dentro de campo ou longe do Alto da Glória. E buscar uma solução. Antes que seu artilheiro passe, definitivamente, de malandro a mané.

Descaso

Atleticanos correram para a frente do camarote da direto­­ria protestar, logo após o Coriti­­ba fazer o segundo gol no Atleti­­ba, pois naquele momento a go­­leada era iminente. Não encontraram dirigentes, só funcionários – Antônio Lopes era o mais graduado deles. Sinal claro do descaso da cartolagem rubro-negra com o futebol do clube e, consequentemente, com seu torcedor.

Involução

Em 2012, o Paraná tinha uma zaga sólida e um meio-campo que permanecia com a bola. Poucas peças mudaram – só Fernandinho saiu –, mas hoje o Paraná é um time que não passa um jogo sem falha da zaga e assiste ao adversário trocar passes. Toninho Cecílio foi ótimo bombeiro, ao recuperar um time desgastado após a saída de Ricardinho. Mas não está sendo tão bom para desenvolver esse time. E o relógio está correndo para o treinador, cujo contrato vence ao fim do Estadual.

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