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Mario Celso Petraglia animou a quinta-feira pré-feriado no futebol paranaense. A empolgação foi puxada pela apresentação do teto retrátil da Arena da Baixada.

A tampa do Caldeirão é uma vitória do dirigente. Petraglia bancou a inclusão no projeto do estádio, tentou empurrar na operação Copa, pôs em espera por exigência de Jérôme Valcke e retomou depois do Mundial. Deixa a Arena realmente apta a ser mais que um estádio de futebol.

Para a bola rolando o teto retrátil é um luxo. Fará diferença apenas em dias de chuva torrencial horas antes do jogo. Aquelas que acabam jogando para a mão do árbitro a definição sobre ter ou não uma partida. Com bola rolando – pela demora da operação –, será mais um show para a torcida do que um fator que faça a diferença no campo.

Para eventos de entretenimento a história é diferente. A Arena poderá, por exemplo, receber um UFC de grande porte, shows, raves, salões e outros eventos sem precisar com o “tempo-doido-faz-as-quatro-estações-do-ano-no-mesmo-dia” característico de Curitiba.

Uma maravilha na teoria, que precisa vingar na prática. Passa por preencher a agenda de shows, algo que a Arena não conseguiu na primeira encarnação como estádio mais moderno do Brasil. E passa por manter o clube saudável financeiramente, o que exige pagar a conta da construção do estádio e do próprio teto.

Para o torcedor, no duro, o que vale mesmo é o time que será colocado para jogar debaixo desse teto. A promessa atual é de cinco grandes reforços para os próximos 30 dias. Ganhou corpo com o já histórico áudio de Petraglia em um grupo de WhatsApp de torcedores atleticanos. E pode começar a se materializar com a vinda de Walter.

O Atlético tem, hoje, a única pessoa que já foi capaz de fazer Walter jogar bem: Enderson Moreira. Foi o treinador rubro-negro quem ajudou Walter a despontar no Inter B. Também foi ele quem promoveu a ressurreição de Walter no Goiás.

Se Walter vier e der certo, será por causa de Enderson Moreira e enquanto Enderson Moreira estiver na Arena da Baixada. Ter consciência disso é tão importante quanto a noção de que, quando se encher, Walter subitamente terá os mesmos problemas pessoais que o fazem querer sair do Fluminense.

Se para o torcedor o principal é que o time seja bom na teoria e na prática, o mesmo não pode ser dito do cartola. Esse tem obrigação de encaixar essa boa formação em um orçamento real.

Petraglia fez isso em 1996, 2001, 2004, 2005 e 2013. Não pode se perder no labirinto fácil do “o futebol ficou muito caro” e cair na tentação de montar um time que estoure o cofre rubro-negro. Se fizer isso, vai tirar as aspas do circo, do palhaço e do palavrão que encerrou seu áudio épico.

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