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Quando a Copa do Brasil começou, São Paulo, Flamengo e Palmeiras constavam em qualquer lista de favoritos. O Coriti­­ba estava ali apenas para compor chave, um grande regional que faria um calorzinho, mas não resistiria ao primeiro en­­contro com a alta roda do futebol brasileiro. Em campo, o ce­­ná­­rio desenhou-se de forma diferente.

Os favoritos tombaram e mesmo que se saiba que será feita uma corrente pra frente pró Vasco, é inegável que o mais forte candidato ao título veste verde e branco. O Coritiba jogou bola e teve resultados para assumir essa condição. E precisa ti­­rar proveito dela. Para se dar bem no PV, o Coxa deve se im­­por, ditar o ritmo do jogo.

Em todas as partidas o Ceará pregou no segundo tempo, re­­flexo da elevada média de idade da equipe – superior aos 30 anos no time titular. O estilo de toque de bola rápido do Coritiba é perfeito para acelerar esse desgaste. Para isso, o time precisará ter a bola no pé. E só terá a bola no pé se pressionar o adversário. Exatamente como fez em um dos momentos mais impressionantes do jogo contra o Pal­­meiras, entre o primeiro e o se­­gundo gols. Com quatro jogadores, sufocou uma saída de bola do adversário próximo à bandeirinha de escanteio. Não sossegou até ganhar o lateral.

O volante João Marcos é o ho­­mem para o Coritiba pressionar até tomar a bola. Bom marcador, ele é um péssimo passador. Erivélton e Fabrício também se atrapalham com a bola nos pés. En­­­­curtando o espaço para os três, o Coxa conseguirá induzir o Ceará ao erro e moldará o jogo ao seu estilo. Exatamente como se espera de um favorito ao título.

Um time

A pergunta "Quem?" foi a mais recorrente diante das contratações do Paraná no começo do ano. Jogadores desconhecidos se empilhavam na Vila Capa­­ne­­ma e as credenciais dos reforços causavam calafrios. A montagem do time para a Série B até po­­de despertar alguns "Quem?", mas a resposta é animadora.

O Paraná contratou com critério. Dentro das suas limitações, traz jogadores bem recomendados, com bom desempenho nos estaduais. Falta uma peça mais experiente no ataque: um centroavante e um meia-armador, de preferência. Dois jogadores que deem a devida tranquilidade quando a coisa apertar.

De qualquer maneira, já é possível esboçar um time repleto de parênteses. Quer ver só? Zé Carlos; Lisa, Cris, Paulo Mi­­ran­­da (Luciano Castán) e Hen­­rique; Luiz Camargo, Cam­­bará (Júnior Urso), Jefferson (Thiago Santos) e Wellington (Oliveira); Diego (Rone Dias) e Léo.

Chega a ser irônico que isso aconteça logo após o maior vexame da história do clube, mas desde que voltou para a Série B o Paraná não começa o Nacional com um time com tanto potencial.

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