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Florianópolis é a única capital do Sul sem jogos da Copa do Mundo de 2014 e exatamente por isso ganhou como prêmio de consolação o Seminário de Equipes e a reunião executiva do Comitê Organizador Local, entre hoje e sexta-feira. Não deixa de ser irônico que na escala do Mundial na capital catarinense só se fale das duas outras capitais da região: Porto Alegre e Curitiba.

Porto Alegre em menor escala, por causa do alerta de Giovanni Luigi sobre as estruturas temporárias. Há um consenso de que a gritaria do presidente do Internacional é apenas uma versão padrão Fifa da marchinha "me dá um dinheiro aí". É possível que Valcke dê um puxão de orelha na gauchada hoje de manhã, após visitar o Beira-Rio e churrasquear com o vice-governador Beto Grill (piada pronta) e os governos do Rio Grande do Sul arranquem os dobrões necessários da bombacha.

A grande questão é Curitiba, então vamos ao que nos interessa. Perdi a conta de quantas vezes respondi, ontem, à pergunta: Curitiba continua na Copa? Pelo que tenho acompanhado, acredito que sim. Se fosse para excluir a cidade, a Fifa já o teria feito lá atrás, na visita de Valcke do dia 21 de janeiro. Ou mesmo na Costa do Sauípe, quando não foi mais possível esconder debaixo do tapete o caldo de incompetência que fez o estádio mais pronto se tornar o mais atrasado.

A resposta definitiva mesmo será dada hoje, e não me refiro ao tour que Charles Botta comandará pelo estádio. A resposta técnica sobre a Arena da Baixada ele já tem. São dois engenheiros do COL direto na obra, mais o gerente da sede. A inspeção é só para comprovar com os próprios olhos aquilo que os relatórios indicam.

O grande momento será a reunião de meia hora antes, com Fruet, Petraglia e, possivelmente, Richa. Ali Botta vai querer saber se há dinheiro garantido para proporcionar o que a engenharia já indica ser possível. É o padrão de operação da Fifa. A entidade não movimenta bilhões de dólares à toa. É, muito, porque dá cada passo com uma planilha de custos debaixo do braço.

É o tilintar das moedas que guiará a decisão de hoje. A Fifa não quer dar o "siga em frente" para Curitiba e depois ouvir que faltou dinheiro ou que a liberação de recursos irá atrasar. Se houver dúvida, Curitiba está fora. A cidade só seguirá na Copa se der à Fifa a certeza de que haverá dinheiro para concluir a obra. Algo que, em tese, existe, com a entrega do pedido de empréstimo no BNDES, semana passada. Um empréstimo articulado politicamente, que interessa ao governo federal ser concedido.

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