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Mais um Brasileirão começa com o Atlé­tico ainda se ar­­rumando. A repetição desse roteiro chega a ser in­trigante, uma incapacidade de planejar o ano que não faz dis­tinção entre situação e oposição. Mas, como não há máquina no tempo que permita voltar até ja­neiro, resta torcer para que o elenco consiga se alinhar rapidamente.

As contratações são animadoras. Mesmo Marcio não sendo um grande goleiro, sua chegada já teve um efeito imediato: a melhor atuação de Renan Rocha na temporada, contra o Vasco. O mesmo, espera-se, acontecerá na zaga com a chegada de Fabrício. Talvez seja o choque de realidade de que Manoel precisa, embora esteja claro que o remédio mais indicado é passar um tempo no banco.

Com Marcelo Oliveira o Atlético ganha simplesmente porque não terá mais Paulinho como única opção na lateral esquerda. E Cléber Santana, escorraçado do São Paulo por ser considerado demasiadamente lento, tem as características necessárias para acabar com a sobrecarga de Paulo Baier na armação. Com um atacante confiável, Adilson Batista terá à disposição um elenco capaz de ficar na metade de cima da classificação.

O tamanho do sonho rubro-negro dependerá da eficiência em arrumar o avião em pleno voo. Até atingir a velocidade de cruzeiro, o Atlético terá de perder o menor número possível de pontos. A começar pelo duelo com o Galo, amanhã, em Sete Lagoas.

Esperança

Sábado, 21 horas, em Varginha, contra o Ituiutaba. Há uma clara melancolia no início da quarta participação consecutiva do Paraná na Série B. O quadro, porém, é mais animador do que nos anos anteriores. Após o vexame do Estadual, o Tricolor fez boas contratações. Terá a dificuldade inicial normal de quem se remonta a partir de um trauma.

Menos mal que o adversário também está em formação. O Ituiutaba acrescentou 15 jogadores ao elenco campeão da Segundona mineira. Entre os reforços, Renna, atacante de passagem pouco saudosa pelo Atlético. De quem ficou, atenção especial a Paulão, artilheiro do Mineiro com 12 gols. Ruim com a bola nos pés, ele é um perigo no jogo aéreo.

Dilema

A lógica recomenda poupar o time titular contra o Atlético-GO. Mas o temor de repetir o começo ruim de 2009 põe uma interrogação diante de Marcelo Oliveira. Penso que não deve haver dúvida. A Copa do Brasil é o mais importante no momento e perder jogadores-chave agora pode ser fatal. Sujeitar-se a zerar nas primeiras rodadas do Nacional é o preço que o futebol brasileiro cobra de quem se destaca no primeiro semestre. Mas vale a pena pagar.

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