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Outubro já está quase na metade e não resta dúvida de qual será a missão de Atlético, Coritiba e Paraná neste resto de Brasileiro: não ser rebaixado.

Na Série A é o que está ao alcance. O tamanho da dupla Atletiba é para meio de tabela, com namoros com a zona de rebaixamento sendo inevitáveis quando as apostas dão errado. Como esse namoro cada vez mais parece união estável, está claro que há uma repetição de apostas erradas. Na B, não. Coritiba e Atlético, quando passam por lá, têm status financeiro de Corinthians. O Paraná vive a realidade de qualquer time da Segunda Divisão que não carregue receita da televisão da primeira. Se trabalha direito e paga em dia, briga para subir; se trabalha mal e atrasa pagamento, briga para não cair.

O Coritiba, hoje, é quem está mais adaptado a brigar contra o descenso. Está desde o começo nessa barca. Já passou a etapa de achar que era só um momento ruim, aceitou a realidade no campeonato e, desde então, começou a reagir. Joga um futebol consistente, tem um jogador capaz de decidir partidas complicadas e trouxe a torcida definitivamente para o seu lado com o episódio da faixa no Atletiba. Pode até dar errado e ser rebaixado (a herança da gestão Celso Roth é terrível, o nível técnico do elenco não ajuda), mas atende a todos os requisitos do time que reverte um quadro aparentemente irreversível de rebaixamento.

O Atlético está em outra categoria de clube ameaçado pelo rebaixamento. Começou bem o campeonato. Criou uma gordura que vem sendo perdida rodada após rodada. Um dos clássicos de rebaixamento é o time que começa em cima, para de pontuar, se mantém a uma distância aparentemente segura da zona de rebaixamento, entra a poucas rodadas do fim e não consegue escapar. O Atlético cumpre esse roteiro. Pelo futebol instável e pela falta de um jogador mais cascudo para aliviar a pressão sobre o time, tem, hoje, mais jeito de rebaixado do que o Coritiba. O time tem mais futebol a apresentar — Marcelo e Douglas Coutinho, principalmente. Claudinei Oliveira é um bom técnico e quem tem o apoio de pelo menos 15 mil torcedores na Arena sempre terá condições de fazer, em casa, a pontuação necessária para escapar. Mas a realidade é que o Furacão virou um caminhão sem freio descendo a ladeira.

O Paraná se esfacelou com a saída de Claudinei e Gustavo. Não que eles fossem peças insubstituíveis. Mas, naquele momento, o grupo havia atingido um nível de cumplicidade elevadíssimo mesmo com as dificuldades financeiras. Ricardinho tem mexido muito no time e os problemas não foram totalmente resolvidos. O alento é que duas vagas na C já têm dono (Portuguesa e Vila Nova), a draga do Icasa é maior e o América-RN acredita ser o time quadrifinalista da Copa do Brasil, não o candidato a descenso. Não acordou. O Paraná dá a impressão de que escapará sem sustos e terminará o ano com o discurso de que, com R$ 1 milhão a mais, teria subido. Uma balela que, no cenário atual, até será reconfortante ouvir no fim de novembro.

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