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Jogos de volta para seguir sonhando. O quarteto paranaense na Copa do Brasil está com boas possibilidades. A dupla Atletiba trouxe empates com gols na casa dos adversários e a vantagem de nem precisar marcar para seguir em frente. Basta não sofrer gols. É a mesma vantagem que o Paraná ofereceu ao Sport para a partida no Recife. Bem mesmo está o Corinthians, que foi o único a triunfar na ida.

A Copa do Brasil é um torneio, não um campeonato. As fases são disputadas de dois em dois jogos. Um aqui e outro lá. Marcar gols é o primeiro fator de sucesso. Jogar atacando é a melhor estratégia. Copa do Brasil é um torneio para ambiciosos. Não adianta entrar para participar. Há apenas um prêmio: o título.

Temos quatro chances de sonhar. São quatro times, quatro paixões, mas a mesma ambição deve nortear nossa proposta. O futebol paranaense vive a síndrome de ser um mero coadjuvante do cenário nacional. Estamos longe do topo. Tivemos alguns lampejos de grandeza, sufocados pela nossa incompetência de mantermos o padrão.

Precisamos nos acostumar a vencer grandes competições. Mostrar às demais federações que somos respeitáveis. Ninguém nos teme. Não assustamos o restante do país quando o assunto é futebol. A história está aí para comprovar. Ganhamos dois Brasileiros e o Atlético chegou ao vice-campeonato na Libertadores quando poderia ter sido eliminado na primeira fase (Lembram-se? Foi goleado em casa pelo Independente de Medellin e passou porque o Li­­bertad do Paraguai foi ainda mais incapaz e perdeu para o América de Cali).

Enfim, ou perdemos o medo de ser grande ou viveremos no ostracismo. Bateremos palmas para os finalistas? Assistiremos pela tevê a decisão? Podemos ser protagonistas. Basta termos ambição. Nosso discurso tem sido frágil nos últimos anos. Nosso desempenho, então, sofrível. Temos três times que se consideram grandes e dois estão na segunda divisão. Vencer a Copa do Brasil poderia ser o ponto de partida, afinal "é o caminho mais curto para a Libertadores...".

Mercado da bola

É hora de os nossos times "saírem às compras". Os estaduais estão terminando pelo Brasil afora e muitos bons jogadores ficarão à disposição, sem contratos. Uma boa dica é o atacante Ricardo Bueno do modesto Oeste de Itápo­­lis, artilheiro do Campeonato Paulista com 13 gols. O Brasileirão está aí. Começa em um mês e quem não se armar antes da bola rolar pode ver suas pretensões ficarem apenas no planejamento.

Personagem: Armando Nogueira

O "mestre dos mestres", como ele não gostava de ser chamado, o jornalista Armando Nogueira foi um dos maiores, dos melhores, dos mais geniais, deixando um legado de 10 livros sobre o futebol, sua grande paixão.

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