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O Santos venceu o Grê­­mio: 3 a 1. Foi um jogo emblemático. O confronto de dois estilos: arte x força. Os meninos contra os guris. A Vila Belmiro, a "vila mais famosa do mundo", porque é a vila na qual habitou o Rei do Futebol, transformou-se no palco ideal para um espetáculo de gala. Quem viu os gols de Ganso, Robinho e Wesley vai concordar.

Foram gols de Pelé. É o jogo dos sonhos. Ligamos a televisão, vamos aos estádios em busca disso: espetáculo, show de bola. Com o Santos de 2010, isso é garantido. O Grêmio, com vantagem do empate, sucumbiu. Qualquer um sucumbira àquela avalanche ofensiva, à­­quela velocidade e precisão. Àquela magia.

Não há como não reverenciar o futebol arte. Estamos à vés­­pera da Copa do Mundo e nos frustra a certeza de que não veremos o que vimos na quarta à noite na Vila Belmiro nos gramados africanos. Veremos seleções pragmáticas, jogando pe­­los resultados. O Brasil nos mostrará algo como em 1994. Algo que venceu, mas não empolgou. Quem viu 1970 tornou-se exigente demais. É difícil de satisfazer.

Mas, amigos, há uma esperança no ar. O Santos dos meninos é vencedor. Ao contrário de 82, quando perdemos o que merecíamos ganhar, o que de­­veríamos vencer, o que o futebol deveria contemplar como melhor, o Santos de Ro­­binho, Neymar, Ganso, André, Wes­­ley e... é vencedor. Alcan­­çará a glória e a glória irá eternizar a arte. Ao contrário de 82, quando o estigma perdedor predominou, vivemos tempos de supremacia da arte. Do futebol arte em sua plenitude. Graças aos deuses da Bola, esses "santos meninos" existem...

O clima

Faltam 20 dias. A Copa do Mundo está chegando, mas nem parece. Os dias frios refletem o sentimento nacional. A se­­leção chegou e não foi percebida. Não havia multidão à es­­pera, não havia emoção nas ruas. Discretamente desembarcaram, embarcaram e seguiram. O refúgio tornou-se quase secreto. As providências para um isolamento foram tantas, que o time de Dunga isolou-se em si mesmo. Poucos ligam para ele.

Personagem: João Paulo

O meio-campista tricolor jogou improvisado nas duas primeiras rodadas, mas na terça-feira foi para o seu lugar e comandou o Paraná diante do Santo André. O prêmio? Um golaço para fe­­char a vitória por 3 a 0.

A frase

"Se puder, eu trago os dois", garantiu Ocimar Bolicenho, diretor de futebol do Atlético, sobre as chances de Madson e Carlinhos Paraíba reforçarem o rubro-negro no Brasileirão.

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