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Amanhã o Coritiba completa 99 anos. Uma história respeitável do clube mais antigo do futebol paranaense. Antigo e tradicional. História nos remete a memórias. Na minha ainda vive o Coritiba dos anos 70. De Célio e depois Jairo, Hermes, Oberdan, Pescuma, Cláudio Marques, Nilo, Negreiros, Bráulio, Paquito e Abatiá, Dirceu, Krüger, Aladim, Zé Roberto, o maior craque do todos os tempos, Eles eram comandados pelo "Capitão" Hidalgo.

O Estádio Belfort Duarte era o palco de batalhas inesquecíveis. O Coxa duelava com o Santos de Pelé; o Corinthians de Rivelino; o São Paulo de Gerson e Pedro Rocha; o Botafogo de Jairzinho; o Cruzeiro de Dirceu Lopes. Eram jogos de alto nível, coisa que não vemos mais. Havia classe e elegância no trato da bola.

Em 99 anos, o Coritiba conquistou mais que todos os outros adversários paranaenses. Há a rivalidade com o Ferroviário e depois com o Atlético, passando pelo Colorado, o grande oponente deste período. Anos 70, os anos de ouro. Hexacampeão paranaense, sob a batuta de Evangelino Neves, homem de visão. Poucos enxergavam tão longe quanto o "Chinês". Sua grande virtude era colocar o técnico certo na hora certa: Tim e Ênio Andrade são bons exemplos.

Evidente que a história coxa não se resume aos "anos de ouro" da década de 70, óbvio. Há o título brasileiro de 85, a maior das conquistas, mas o futebol era outro. Havia mágica, encanto, os jogadores tinham o dom de jogar bola nos pés. Uma época em que olhar para o gramado e observar o jogo nos causava enorme prazer!

Personagens: apenas alguns

1) Evangelino Neves – Um homem de vanguarda, que sentia prazer no que fazia. Não havia sacrifício que o fizesse desanimar quando o objetivo era vencer; 2) Elba de Pádua Lima – Tim era um técnico de visão extraordinária, que sabia como poucos tirar o máximo de seus atletas; 3) Zé Roberto – Talvez o melhor jogador que o futebol paranaense viu jogar!; 4) Hidalgo – O "Capitão" era um líder por natureza, que gesticulava com sabedoria e se deslocava com elegância no campo; 5) Alex – O maior ídolo da história recente, mas que jogaria nos anos 70. Um dos poucos com esta capacidade; 6) Couto Pereira – Um abnegado que dedicou a vida ao Coritiba. Homenageá-lo com o nome do estádio foi o maior reconhecimento. Não fosse isso, pouca gente saberia da existência dele.

Os 100 anos

O Coritiba de hoje caminha sólido e encorpado para o futuro. Completará um século de vida. O sonho de disputar a Libertadores alimenta a alma coxa, um clube com outra feição, mais profissional que aquele dos anos 70.

A frase

"Coxa, eu te amo!", é o grito de amor incondicional que ecoa pelo Couto Pereira nos dias de jogos e expressa o sentimento desta vibrante e apaixonada torcida.

linhares@gazetadopovo.com.br

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