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De um dia para o outro o país só falou no no­­me do técnico da se­­leção brasileira. O cargo, vago desde a demissão de Dunga, provocava angústia ao imaginário nacional. Quem? A lista especulava Feli­­pão, Mano Menezes, Luxem­­burgo e Muricy.

Logo após assumir a liderança do Brasileiro, com uma vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, Mu­­ricy ganhou força e um emissário da CBF o convidou, ainda no Maracanã, para uma reunião matinal com o presidente Ricardo Teixeira.

Muricy foi, ouviu, concordou com a proposta e disse que ia consultar o Fluminense, o patrão, time com o qual mantém contrato. Roberto Hor­­cades, presidente do clube, ponderou e Muricy acatou a decisão, respeitando o acordo e a própria palavra.

Não! Essa foi a resposta, frustrando todo o noticiário, que já apresentava retrospectivas da carreira vencedora do treinador. Não! A surpreendente resposta representa uma derrota fragorosa à CBF. O cargo continua vago, agora com uma enorme diferença: desprestigiado.

Quem o aceitará? Só um louco! Pelo menos entre os nomes de maior prestígio, desprestigiados em detrimento a Muricy. Mano Menezes era nome certo, anunciado precipitadamente como nome a ser confirmado durante o dia. Jamais diria não! Estava tudo arranjado: Mano na seleção, Adílson Batista no Corinthians.

Um dia de fúria. Ricardo Tei­­xeira está furioso. Horcades, ficou, pois sentiu-se traído pela CBF. Muricy não deve ter dormido à noite por causa do dilema: aceitou, mas não levou e, pior, se queimou. E agora, quem? Voltamos à estaca zero!

Personagem

Muricy. Tri­­campeão brasileiro, o treinador do Fluminense foi escolhido por causa do currículo, mas não aceitou o convite. Quer dizer, aceitou, mas preferiu manter sua palavra com o Flu e desistiu da ideia.

A frase

"Pessoas do nível do Muricy são muito bem vindas no mundo do futebol", afirmou Roberto Hor­­cades, presidente do Fluminense, ao anunciar a permanência do técnico no clube, recusando a seleção brasileira.

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