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Marcelo Oliveira até poderia ter sido mais ousado. Começar a partida com mais um jogador de frente–Aderson Aquino, por exemplo. Mas é do estilo dele, nada a se exigir de diferente. Por isso a escalação de Marcos Paulo, fechando o meio de campo com três volantes, tentando garantir a posse de bola, à espera de jogadas agudas.

E vinha funcionando bem no primeiro tempo. O Grêmio tinha o domínio da partida, mas a pressão da marcação coxa forçava os gremistas ao erro. E numa dessas, das mais incríveis, Marcos Aurélio recebeu livre com o escorregão de Neuton e foi sozinho até a grande área gaúcha. Ele, o goleiro e o gol – como diria o antigo narrador esportivo.

Aquela poderia ter sido a bola do jogo. Marcos Aurélio poderia ter tentado o drible e, com sucesso, no mínimo provocaria um pênalti com expulsão do goleiro. Poderia ter dado um toque por cobertura para fazer um gol como poucos – e como ele sabe fazer muito bem. Se entrasse aquela bola, ainda no início da partida, desmoronaria sobre o Grêmio toda a crise latente desses últimos tempos sem vitórias em casa e da demissão do técnico Renato Gaúcho (boa parte da torcida não perdoa a diretoria pela saída do treinador).

Mas não foi nada disso. O chute fraco, na direção do goleiro, facilitou as coisas e revigorou as energias tricolores. Ainda teve um chute de Léo Gago–aí sim com uma bela e difícil defesa do guapo. E dali em diante a conversa mudou para um insosso e inoperante Coritiba do segundo tempo, submisso ao domínio dos anfitriões.

Mesmo com a irregularidade reclamada (e constatada no segundo gol), o Grêmio mereceu vencer, com a sorte de ter escapado daquela chance já citada e depois ter tomado conta do andamento do jogo. E ainda não foi dessa vez que o Coxa venceu fora de casa.

No buraco

Jantávamos em Porto Alegre acompanhando em tempo real, por celular, os desempenhos de nossos times no sábado à noite. Até que, no restaurante onde estávamos, alguém da casa lembrou de exibir os instantes finais da estreia de Renato Gaúcho no comando do Atlético.

Poderia nem ter visto. Foi triste ver que o caminho para o buraco se abre cada vez mais. Sem qualquer possibilidade de recuperação a curto prazo. Sim, curtíssimo prazo, pois mais do que isso já não será suficiente para evitar o pior. E, dando uma olhada na tabela, só se faz alimentar o pessimismo.

Na conta

O Paraná Clube também perdeu, mas pelo menos lutou. Leio aqui no site da Gazeta do Povo que até equilibrou as coisas enquanto pôde. Mas não conseguiu resistir com o baque de um pênalti perdido e um jogador expulso. Poderia ter tido melhor sorte, mas dá para dizer que a derrota está na conta dos pontos descartáveis. Tanto que fechou a rodada ainda entre os quatro primeiros – embora com os perseguidores diretos bem mais próximos.

O compromisso seguinte será em casa. Aí sim, com obrigação de vencer.

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