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Que o título do Coritiba seria apenas uma questão de tempo era de consenso geral. Escrevi aqui, tempos atrás – tanto quanto outros falaram e escreveram na mídia praticamente desde o início do Campeonato Paranaense. Nada diferente era de se esperar de uma equipe que se mantém invicta há tanto tempo e que insiste em jogar para o ataque, seja em que circunstância for.

Se bem que ontem o zagueiro Manuel contribuiu decisivamente para antecipar a festa alviverde, deixando seus companheiros na mão ao provocar uma expulsão boba logo nos primeiros minutos da partida. E se o Coritiba já era favorito pela diferença técnica, o possível equilíbrio da mística do Atletiba desmoronou quando ficaram 10 contra 11 em campo.

E o Atlético bem que lutou, forçou, jamais se entregou. Mas não havia como impedir a conquista que se desenhou lá atrás, justamente nos momentos de maior dor e tortura, naquele fatídico dia do rebaixamento no Alto da Glória e da selvageria que resultou na perda de mando, com todas as consequências.

Desde então, a partir da bem equilibrada visão de seus dirigentes, o Coxa ganhou tudo. Dois títulos estaduais, um Brasileiro de retorno à Primeira Divisão e as marcas que vão caindo a cada novo sucesso, da sequência de invencibilidade à coleção de vitórias consecutivas que a de ontem levou a igualar o recorde nacional então isolado do Palmeiras.

Ressalte-se a discreta e decisiva contribuição do técnico Marcelo Oliveira para esse feito. Quieto, à mineira, assumiu o time vencedor que herdou de Ney Franco e, humilde, em nada mexeu até poder sentir o potencial dos novos jogadores que recebeu. Trocou a tática com a chegada de Davi e dali em diante foi só alegria, com uma vitória atrás da outra, sem qualquer contestação.

Como a de ontem, cujo termômetro bem que poderia ser o banco de reservas de cada time. Enquanto de um lado Leonardo, Tcheco e Willian esperaram a vez para entrar, do outro o treinador tentava encontrar solução em Jenison e Lucas, deixando a melhor opção, Madson (há algum problema pessoal entre eles?) para quando nada mais havia para ser resolvido.

A festa do Coritiba já estava pronta havia muito tempo. Ontem foi apenas o dia da festa.

E pode piorar

No sábado, a constatação da realidade que já vinha se arrastando nos últimos anos. Aquele clube que nasceu gigante conseguiu se apequenar, ao ponto de chegar a esse rebaixamento no Campeonato Estadual.

E, pelo que se vê no horizonte, dias piores ainda virão, pois não há recursos para uma remontagem nem boa vontade de conselheiros ou associados para tentar reerguer o Paraná Clube.

E daqui a um mês começa o Campeonato Brasileiro da Segunda D ivisão. Como se não bastasse a desilusão desse fim de semana, tudo indica mais sofrimento pela frente.

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