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E o Coritiba é novamente líder. Certo que ainda falta a equipe apresentar o encanto cobrado pelo próprio técnico Marcelo Oliveira, conforme publicou ontem esta Gazeta. Ontem, na vitória em Paranaguá, pelo menos deu alguns sinais de poder melhorar, com as mudanças processadas pelo treinador, que pôs o time no ataque, decidido a conquistar a vitória imprescindível.

O Coxa teve a posse de bola praticamente durante toda a partida. Pressionou o adversário no próprio campo, mas teve dificuldades para criar condições reais de finalização. Tanto que teve novamente de recorrer aos zagueiros para construir o resultado, com Emerson e Demerson, um a cada tempo – o Rio Branco também marcou com um zagueiro, Rafael Bonfim, que, aliás, pertence ao próprio Coritiba.

O bom resultado em campo combinou com o inesperado tropeço do Londrina, em casa. Sim, inesperado, pois até então o Tubarão vinha com o melhor rendimento no segundo turno. Mas como futebol tem dessas coisas, os londrinenses amargaram a perda de dois pontos em casa e a perda da primeira colocação.

Os resultados botaram fogo no campeonato e as rodadas restantes serão eletrizantes. Porque o Londrina tem uma tabela mais favorável, enquanto o Coxa vai passar pelo clássico Atletiba, contra um Atlético que também entra na disputa direta depois de passar fácil pelo Iraty.

O Iraty não pode servir de sparring e toda avaliação que se faça de um confronto contra o último colocado do campeonato (virtualmente rebaixado) requer muita reserva e alguns descontos. Por causa disso, já se sabia que o Atlético venceria no sábado. Restava descobrir o placar, que acabou ficando nos 3 a 0, mas com muita folga em campo. O suficiente para garantir a pontuação e a mira na possibilidade de fechar o campeonato sem necessidade da decisão extra.

Enfrentar um time frágil estimula ainda mais as elucubrações táticas do técnico Juan Carrasco, que pelo menos provoca uma curiosidade junto à torcida e imprensa antes de cada exibição atleticana. De repente, surge do nada um jogador como titular, enquanto o dono da posição em jogo anterior ganha um descanso e nem sequer aparece no banco.

Contra o Iraty, um time bem ofensivo. Sem volantes, pois o único a ocupar a função era Zezinho, que está mais para meia. Paulo Baier seria, teoricamente, o segundo volante. Mas foi mais, muito mais. Foi quase tudo, inclusive o dono do time. Marcou um gol de classe, outro de pênalti muito bem cobrado. E até Carrasco capitulou, reconhecendo a importância e o diferencial de Baier para o time – ele, que até dias atrás, pregava o discurso de todos serem iguais.

Foi um bom treino, dá para dizer assim. Mesmo que o Criciúma, o próximo adversário, não recomende a utilização de um esquema tático tão solto. Mas isso o Carrasco deve saber, imagino.

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