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Impressionante a sina que cerca essa partida. No ano passado Arthur (que hoje defende o Coritiba e na ocasião era do Londrina) se chocou com o goleiro Vanderlei, foi derrubado e encenou a queda de tal forma que o árbitro não marcou o pênalti que havia acontecido. O Coritiba foi lá, no fim, e venceu a partida.

Ontem tudo indicava que seria uma partida digna de uma decisão de turno. Estádio lotado, torcida entusiasmada (apesar de não conseguir conter aquele sentimento de que o time é sempre prejudicado) e um jogo bem disputado entre os dois melhores do primeiro turno do campeonato estadual.

Aí Germano chuta e a bola bate na mão de Eltinho. Que, visivelmente, pôs os braços frente ao corpo para se defender da bolada. Bola na mão, nada mais que isso. Nada a marcar, portanto. Mas Germano gesticulou de tal forma que gerou a primeira pitada de pimenta no Estádio do Café.

Veio o segundo toque (eles ainda viram um terceiro), esse seguramente mais evidente. Também em chute de Germano, pegando na mão direita de Pereira. Pênalti, mão na bola. Embora um último ângulo da TV passasse a impressão de a bola ter tocado no peito do zagueiro, enquanto nos anteriores via-se o toque no braço. Mas foram necessários uns dois ou três replays para a certeza do pênalti – e o árbitro não teve acesso a nenhum deles.

A reclamação latente se transformou em revolta irada, pois na sequência do lance veio o gol do Coritiba, no toque sutil e decisivo de Alex. E já entra no ar a questão dos condicionais, do "se o pênalti fosse marcado não teria o contra-ataque" e coisas assim. Tudo na linha do imponderável, pois também não se sabe se o atacante do Londrina perderia o pênalti ou o goleiro coxa defenderia.

Como também não se sabe se o Coritiba aproveitaria ou não o pênalti que teve a favor, um pouco depois, do goleiro Danilo em Arthur (o mesmo Arthur da conversa do ano passado, só que agora no Coxa). Ele foi tocado e deslocado dentro da área, mas, como no ano passado, deu uma valorizada ao cair e o árbitro, pressionado pelos fatos anteriores ou talvez sem ter visto o lance em ângulo favorável, também nada marcou.

Um pênalti não marcado para cada lado, mas fica o peso do primeiro na opinião pública, pelo tamanho do protesto dos londrinenses. Que dominaram a partida, tiveram mais posse de bola, mas foram pouco objetivos nas conclusões. Por mérito, sim, do esquema de jogo do Coritiba, que fechou os espaços e pouco permitiu a presença dos londrinenses em sua área.

Houve uma bola na trave de cada lado, uma chance perdida de cada lado, mas, na soma das competências (pênaltis à parte) o Coxa soube ser melhor, jogar pelo objetivo do turno. E já está garantido para decidir o título estadual, que pode ser o do tetracampeonato.

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