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E nem dá para dizer que o técnico escalou mal a equipe. Se não a totalidade, pelo menos a maioria dos brasileiros apostava no su­­cesso do time coroado como ti­­tular para representar a seleção brasileira nessa Copa América. Houve até quem reutilizasse a denominação "quadrado mágico", que não fez efeito no Mun­­dial de 2006 (com Kaká, Robinho, Ronaldo e Ronaldinho) e também desta vez não funcionou co­­mo se poderia imaginar.

Mas como não concordar em escalar um time que comporte, juntos, Paulo Ganso, Robinho, Neymar e Alexandre Pato? Po­­rém, o que deles se esperava se­­ria mais ousadia para fazer valer as jogadas individuais, única alternativa para superar a cerrada marcação imposta pelos venezuelanos. Insistir no toque curto, de primeira, só funciona (e bem) para uma equipe que está muito bem entrosada, o que, evidentemente, não é o ca­­so dessa comandada pelo técnico Mano Menezes. Até mesmo por falta de tempo adequado para o treinamento. Quem sabe na se­­quência da competição não dê certo?

Se as tentativas das bolas curtas não frutificavam, imperativo seria buscar outras alternativas. O drible, se fosse para insistir em manter as jogadas pelo meio. Ou a exploração das laterais do campo, aproveitando melhor Daniel Alves e André Santos, que conhecem muito bem o terreno por ali. Sim, eu sei, estavam mais contidos para a total liberação dos meninos do quarteto, que seria a prioridade. Como não dava re­­torno, então melhor seria abrir as peças do jogo e dissolver o con­­gestionamento ali na frente da área da Venezuela.

Só achei que nosso treinador demorou muito para investir em suas alterações. Principalmente na entrada de Lucas, que tem no drible vertical sua principal qualidade, podendo, a partir daí, eli­­minar marcadores tão conscientes e dedicados quanto foram os venezuelanos ontem. O pouco tem­­po em que esteve em ação lhe permitiu apenas uma jogada, nada mais.

O 0 a 0 não foi dolorido, pois teria sido se os brasileiros tivessem perdido muitas chances de gol. A rigor foi uma só, a bola de Pato na trave, pois na outra, que o zagueiro tirou, ele estava lá pa­­ra isso mesmo. O 0 a 0 foi, sim, abor­­recido, por não mais prender a atenção a partir de alguns minutos do segundo tempo.

Na ÓTV

É sempre muito agradável poder participar do ÓTV Esporte (na ÓTV, canal 23 da NET), programa semanal de esportes apresentado por Cristian Toledo e Jasson Goulart. Estarei novamente lá hoje, para uma boa conversa sobre esportes. Sei que o convidado especial será José Domingos Borges Teixeira, o Zé Domingos, radialista, jornalista e ex-dirigente do Paraná Clube. Haja história para contar! Começa às 21h.

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