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Como diria a propaganda, "não está fácil pra ninguém, companheiro". Meio de semana terrível para o futebol paranaense na temporada nacional. Talvez o pior de todos até agora, com três derrotas, duas delas em casa. O Paraná ainda tem gás para respirar e teve jogo equilibrado. O Atlético pelo menos perdeu fora de casa, apertado, para o vice-líder do campeonato, que já era, de antemão, favorito.

Problema maior é o Coritiba, que estreou técnico novo e não saiu do mesmo jogo-sem-jogo que vinha apresentando, perdendo em casa para o Flamengo. Prova de que Marquinhos Santos não era problema e sim a falta de material humano para um bom time. Agora, já são duas posições da zona do rebaixamento. Alerta total ligado no Alto da Glória.

A união

A classe acordou. Submissos durante todo o tempo de história do futebol no Brasil, os jogadores agora se uniram em torno de uma causa de interesse direto: calendário. E passaram por cima das associações e sindicatos, pois estes, invariavelmente ocupados por ex-jogadores que mais nada têm a ver com a profissão, se aquietam e aceitam incondicionalmente as determinações dos dirigentes nas decisões sobre a programação de jogos da temporada.

Já tem sido normalmente apertado o calendário para todos. Especialmente para os protagonistas, que vão a campo e têm de desempenhar da melhor maneira possível, sob o risco de terem suas carreiras postas em xeque, por causa de fatores que nem sempre estão ao seu alcance.

Isso porque o torcedor, que só usa a emoção e nunca a razão, não quer saber se o atleta está cumprindo oito ou dez partidas em um mês e que está sujeito a um desgaste muito maior do que se poderia imaginar. Quer saber do resultado e se não for bom, pressão contra aqueles que não conseguem desempenhar a contento.

O problema do futebol brasileiro é querer acomodar todas as vertentes, esportivas ou políticas, em um mesmo calendário. Os presidentes de federações não abrem mão de campeonatos mais longos e complicados, para poderem atender os interesses (que rendem votos) dos clubes pequenos, que precisam jogar e jogar para poderem ter chance de sobreviver. E não admitem separar suas competições, preservando os grandes (que disputam campeonatos nacionais) para os turnos finais, porque daí algumas cidades não teriam como assistir e fazer renda com os favoritos de sempre.

Alguém lembrou terem também os europeus um calendário de jogos em meios e fins de semana. Mas existe uma diferença: a estrutura do transporte. Um time alemão sai para jogar, digamos, em Portugal. Pega um voo ou um trem noturno e dali a pouco está no destino, descansado e pronto para o jogo.

Por aqui, imagine um clube saindo de Porto Alegre (ou Curitiba) para jogar no Norte. É um dia perdido de viagem, sem treino nem nada.

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